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Videogames de A(tari) a Z(elda)

Facebook muda o foco e tenta atrair público hardcore

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Por João Coscelli
Atualização:

ChronoBlade foi o primeiro da leva a chegar

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O Facebook afirma que aproximadamente um quarto do seu universo de 1 bilhão de usuários usa a plataforma para jogar. É, portanto, uma comunidade de 250 milhões de consumidores de jogos gratuitos, mas que pagam por conteúdo dentro desses games e, logo, geram receita para Mark Zuckerberg e sua empresa.

Mas ele quer mais. Por isso, o Facebook já delineou sua estratégia de games para os próximos meses e definiu o público que quer atrair - os chamados jogadores "hardcore", aqueles que passam horas na frente do computador ou da televisão destrinchando cada detalhe e cada pixel de um jogo.

A principal razão para essa mudança é a migração dos jogadores casuais para as plataformas móveis, o que fez com que os desenvolvedores seguissem o movimento e também concentrassem seus esforços na produção para tablets e smartphones.

Ao menos dez títulos de alta qualidade serão lançados na rede social em 2013. Os desenvolvedores, diz a Reuters, são empresas acostumadas a criar jogos para esse tipo de público. O projeto teve início no ano passado, mas deve ganhar nova força nos próximos meses, uma vez que faz parte da estratégia do Facebook de manter seus usuários mais tempo conectados e consumindo mais seus produtos - o que, consequentemente, gera mais receita.

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"Veremos uma nova gama de títulos chegando nos próximos dois trimestres e depois no resto do ano que vão redefinir o que as pessoas pensam dos jogos no Facebook", disse Sean Ryan, chefe de parcerias de jogos da rede social, segundo quem a empresa vai oferecer "desde jogos casuais a games de tiro em primeira pessoa, MMOs - todos esses games de um contra o outro".

A lógica do Facebook é simples: os jogadores hardcore são os que mais jogam e, logo, os que mais gastam com isso. Embora títulos como Farmville, da Zynga, sejam sucessos absolutos, mantêm o jogador pouco tempo online. E é preciso fazê-lo gastar, já que o a rede social hospeda o game de graça, mas recebe uma parte de todas as micro-transações feitas dentro do jogo.

Entre as companhias que produzirão para o Facebook, estão a nWay (ChronoBlade), a Plarium (Stormfall: Age of War), Kixeye (War Commander) e a u4iA (Offensive Combat).

Os jogos causais, porém, não serão abandonados. "Isso não significa que estamos deixando os outros games de lado, mas não há dúvidas de que nosso foco para 2013 será nos tornarmos uma plataforma melhor para os jogadores hardcore e os desenvolvedores que fazem esses games", disse Ryan.

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