Termos financeiros do "acordo de longo prazo" fechado com a Epic Games e a Virtual Heroes não foram divulgados, mas um comunicado do governo americano afirma que o pacto que estabelece os Intelligence Advanced Research Projects Activity (IARPA, Projetos de Atividade de Pesquisa em Inteligência Avançada) tem valor estimado de US$ 10 milhões.
O IARPA vai usar a engine - conjunto de softwares usados na produção de jogos, e a palavra motor em inglês - para desenvolver o que denomina "jogos sérios" para treinar agentes. O FBI, por exemplo, vai usá-lo para criar um simulador de cenas do crime. O Exército vai colocar seus médicos para praticar a administração de anestesia. E por aí vai.
A Virtual Heroes já havia utilizado a mesma engine para desenvolver o America's Army 3, um simulador em primeira-pessoa (no maior estilo Call of Duty) usado na promoção do recrutamento dos serviços militares americanos. A empresa também produziu o Zero Hour (vídeo abaixo), programa que treina membros dos serviços de emergência a como reagir em incidentes com muitas vítimas ou ataques terroristas.
Mas não é recente o interesse dos militares americanos pelos videogames. O treinamento de soldados, pilotos e médicos tem sido feito via "jogos sérios" há alguns anos. Inclusive nesta quarta tem início a quinta edição da Defense GameTech, uma convenção onde se discute o uso de novas tecnologias no ramo militar dos Estados Unidos. Alguns jogos podem até ser baixados, como o America's Army 3. Vale conferir.
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Um pequeno vídeo mostrando um pouco do Zero Hour
Fonte: BBC.