PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Videogames de A(tari) a Z(elda)

Filmes baseados em games chegam no ano que vem. Boa ou má notícia?

Primeiro longa de Mortal Kombat

Por João Coscelli
Atualização:

Ao site Gamesindustry.biz, Geoffroy Sardin, diretor comercial e de marketing da Ubisoft, disse que a marca Assassin's Creed está se expandindo e que o filme do game pode sair em 2013. O longa, segundo ele, é uma das formas de explorar o jogo em outras mídias, o que é uma prática já consolidada entre as franquias de sucesso.

PUBLICIDADE

O cinema tem sido uma das mídias preferidas para as produtoras de games para valorizar suas marcas. Na maioria das vezes são os estúdios cinematográficos que procuram as desenvolvedoras mostrando interesse por determinado título. Além de Assassin's Creed, está confirmada a produção de um longa de Need For Speed para 2014. Ainda há planos para novos filmes de Tomb Raider e Mortal Kombat, que já passaram pelas telonas, e, quem diria, Asteroids e Rampage, mas nada confirmado.

A expansão de propriedades intelectuais do mundo dos videogames para outras mídias reflete o inegável crescimento dos jogos eletrônicos como fator cultural. A notícia pode parecer boa, mas grande parte dos fãs torce o nariz diante de tais rumores. O motivo: o sem fim de filmes baseados em games já produzidos que fazem qualquer crítico de cinema levantar questões existenciais sobre o porquê de ter assistido àquilo.

Dos anos 1990, Super Mario Bros., Mortal Kombat, Street Fighter e Double Dragon são emblemáticos - e terríveis. Na década seguinte, o cinema de games mostrou uma pequena, bem singela evolução com Tomb Raider e Resident Evil, mas ainda bem aquém do esperado. A nova safra vem aí. O que esperar?

Os jogadores não apostam ficha alguma nos longas. Estão calejados das promessas de grandes produções que pouco ou nada têm a ver com os games que tanto gostam. Os fãs, público-alvo primário desses filmes, são exigentes e querem algo fiel, sem distorções que acabem por maquiar a identidade do game. Esse é o principal desafio de quem está por trás do filme - além de licenciamento e outros processos burocráticos.

Publicidade

A densidade narrativa dos jogos é semelhante e talvez até superior à do cinema. Isso porque um filme tem cerca de duas horas e um jogo como Assassin's Creed, que vai virar longa, é jogado por 30 horas. São 15 vezes mais. O problema reside nessa adaptação - colocar toda essa história em um tempo muito menor, o que leva a inevitáveis omissões, cortes, condensações e desagrada quem esperava uma reprodução quase exata do que costuma jogar em casa. Sem contar que são mídias diferentes e, logo, requerem tratamento e abordagem diversas, até para familiarizar o público em geral com a temática do game filmado.

Os exemplos mal sucedidos são fartos, mas a nova safra de filmes chega nos próximos anos e não há nada que os jogadores possam fazer a não ser esperara que a lição foi aprendida. Do contrário, é só recorrer aos bons e velhos consoles e computadores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.