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Made in Brazil: Swordtales

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Por João Coscelli
Atualização:

A Swordtales iniciou suas atividades em março de 2011, quando um grupo de pós-graduandos em desenvolvimento de jogos decidiu fazer de seu seu projeto final do curso um game comercial. Desde então, a equipe, que havia criado apenas alguns games pequenos em jams, tem se dedicado a desenvolver Toren, jogo de aventura e quebra-cabeças em três dimensões.

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O jogo ganhou bastante notoriedade há cerca de um ano, quando recebeu a aprovação do Ministério da Cultura para captar recursos por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet (leia mais aqui). A notícia deu novo ânimo à equipe, que entre freelancers e desenvolvedores fixos, tem nove pessoas, e pretende fazer do game sua porta de entrada na indústria comercial.

As fichas estão todas em Toren, mas no portfólio da Swordtales há ainda três jogos publicados gratuitamente como resultado de jams - N.E.R.O.T,So Far So Close e Kureizy Japanese TV Show.

//www.youtube.com/embed/4u6VjOpTQyc

Alessandro Martinello, que atua como diretor de arte na Swordtales, reconhece que a missão de emplacar um jogo comercial é bastante difícil quando se trata de mercado brasileiro, ainda mais em computadores e consoles, o foco do estúdio. Ele afirma que o brasileiro tem um perfil empreendedor e teria tudo para estar em destaque no mercado de games, não fosse o modo como os jogos são tratados no País. "Quando não se desqualifica todo o mercado de games como algo infantil, se desqualifica o mercado de games brasileiros em geral", reclama.

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Mas apesar dos obstáculos, a equipe está focada em seu objetivo - desenvolver versões para PC, Mac e Linux que poderão ser baixadas pelo Steam, serviço de venda de jogos da Valve, e outras plataformas. Assim, a distribuição do jogo se internacionaliza, uma vez que o plano atual da Swordtales é também conquistar o mercado estrangeiro.

Martinello acredita que o mercado brasileiro evoluiu nos últimos anos, mas defende que o amadurecimento deve ocorrer também fora dele. "O cenário entrou em uma grande expansão, toda uma nova onda de indies está mudando o conceito de jogos brasileiros para o público. No entanto, os custos e o fomento têm muito que melhorar para isto poder se firmar", finaliza.

 Foto: Estadão

Por ora, a Swordtales está focada em Toren, mas os planos devem mudar no futuro. O alvo pode ser o mercado mobile, um novo segmento a ser desbravado pelo empresa e um estúdio parceiro aplicando tudo o que foi aprendido em termos de design e produção com Toren.

O trabalho completo da Swordtales pode ser conferido no site do estúdio. Há ainda os canais do Twitter e do Facebook, além do YouTube, para acompanhar o desenvolvimento do projeto.

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Essa publicação faz parte da seção Made in Brazil, na qual damos espaço para os desenvolvedores nacionais exibirem seu trabalho e darem sua opinião sobre o mercado de games brasileiros. A coluna é publicada às sextas-feiras no Modo ArcadeVeja mais sobre os estúdios nacionais clicando aqui.

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