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Made in Brazil: Tapps Games

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Por João Coscelli
Atualização:

A Tapps surgiu em 2010 como uma empresa especializada no desenvolvimento de projetos corporativos para o iPad, também lançado naquele ano. Essa foi a área de atuação até a metade de 2011, quanto a empresa do Butantã, em São Paulo, passou a explorar também o mercado de aplicativos da App Store.

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Nesse período ocorreram as primeiras experiências da empresa com games. Tendo em vista o potencial do mercado, a decisão foi por concentrar os esforços neste segmento. No início, foram desenvolvidos uma versão do clássico Snake, o popular "jogo da cobrinha", e jogos de trivia. Mas esses foram apenas os primeiros passos para que a Tapps montasse o imenso portfólio que tem atualmente - são mais de cem games desenvolvidos, entre títulos de ação, aventura, corrida, puzzle e educativos para plataformas móveis com iOS e Android, além da Amazon Appstore, que começou a ser explorada recentemente.

Number Link, desenvolvido ainda no início da "fase gamer" da Tapps, foi o primeiro a ganhar um grande número de adeptos, contando hoje com 2 milhões de downloads. Depois, foi a vez dos bichinhos virtuais, entre os quais o My Boo se destacou, angariando mais de 10 milhões de downloads.

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Em sua mudança de ramo, a Tapps teve de buscar novos profissionais que quisessem trabalhar com jogos, exatamente um dos pontos positivos de se trabalhar no Brasil, onde existe "potencial para reunir uma equipe bastante criativa e interessada em trabalhar com jogos, em especial game designers e artistas", afirma Felipe Watanabe, coordenador de marketing do estúdio. O problema, aponta, é a complexidade dos sistemas tributário e trabalhista do País.

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Mas as mudanças ocorreram com sucesso e o futuro é encarado como promissor, principalmente devido ao foco de atuação em plataformas móveis. "Ano a ano, o aumento nas vendas de smartphones e tablets só tem feito crescer as nossas expectativas de crescimento no país. Apesar disso, tratando-se do mercado de aplicativos e toda a sua facilidade de distribuição por conta da App Store, do Google Play e das muitas outras lojas virtuais, é impensável estar limitado só ao mercado nacional", conta Watanabe. De acordo com ele, o mercado estrangeiro ainda é, de longe, o principal responsável pela receita da empresa.

Apesar do êxito da Tapps, o executivo afirma que o cenário de desenvolvimento de games no Brasil é nebuloso. O desafio, diz, está em alinhar o potencial criativo com a visão de mercado e o aporte financeiro que outras pessoas e empresas podem dar. "Não temos grandes publishers e investidores nacionais que apostem no mercado de jogos. Por outro lado, cresce o número de pessoas interessadas em trabalhar na área e que estão se capacitando através de cursos ou por conta própria", completa.

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Mas a empresa segue seu caminho de crescimento e, em 2014, quer ampliar a equipe, que atualmente conta com 18 pessoas. Há, inclusive, vagas abertas. A ideia é ter mais profissionais para fazer o suporte dos jogos atuais, criar títulos novos e ajudar a Tapps a se tornar um estúdio de grande porte.

O site oficial da Tapps também reúne bastante informação sobre o estúdio. Além disso, dá para ficar por dentro das novidades pelo Facebook, pelo Twitter e pelo canal do YouTube da desenvolvedora.

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Essa publicação faz parte da seção Made in Brazil, na qual damos espaço para os desenvolvedores nacionais exibirem seu trabalho e darem sua opinião sobre o mercado de games brasileiros. A coluna é publicada às sextas-feiras no Modo ArcadeVeja mais sobre os estúdios nacionais clicando aqui.

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