"O problema é o ecossistema, que torna a existência muito difícil. Tentamos, e acho que os jogadores brasileiros ficaram felizes porque demonstramos que era possível fazer. Mas economicamente não faz muito sentido para a empresa. Os impostos e as rígidas leis de trabalho é muito difícil manter grandes times de criação e produção", disse Chaverot ao blog na Brasil Game Show.
Ele não nega a qualidade da mão-de-obra nacional, mas diz que, pelos menos por enquanto, não será possível abrigar grandes produções por aqui. "Sabemos que aqui há muitos talentos, universidades boas, artistas e animadores criativos, mas Brasil é um bom país para pequenos projetos. Dá para ter jogos criados no Brasil para smartphones, ou como o Minecraft, desenvolvido por uma só pessoa, um projeto independente. Mas não há como fazer aqui algo como Assassin's Creed III, que são 500 pessoas trabalhando durante 3 anos", explicou.
Chaverot afirmou que ainda não há planos para que a Ubisoft Brasil retome seu programa de desenvolvimento. "Estamos crescendo aqui em São Paulo, contratando pessoas para a parte de negócios e marketing. Sobre produção, sempre existe a possibilidade de voltarmos, mas por enquanto, não".
Mas qual é a solução, então, para que o chamado "custo Brasil" apontado pelo executivo seja reduzido? O governo precisa agir, segundo oo francês. Ele afirma que "o mercado de games no Brasil passou de um setor de nicho para um setor de grande público" e que "há grande potencial aqui". "Agora é a vez dos políticos fazerem sua parte e baixarem os impostos", conclui.