PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Videogames de A(tari) a Z(elda)

Playstation Vita, uma pedra no sapato da Sony

Por João Coscelli
Atualização:

A Sony pode ser uma das líderes mundiais nos consoles domésticos, mas desde que se aventurou no mercado de portáteis, nunca acertou a mão na direção do lucro. As vendas de sua plataforma, o Playstation Vita, não vão bem e ameaçam levar a divisão de jogos da empresa ao vermelho neste ano fiscal.

PUBLICIDADE

Andrew House, o chefe da divisão de jogos da Sony, disse acreditar que o ano fiscal (iniciado em abril de 2012) será de lucro, apesar de a previsão de unidades vendidas do portátil ter caído de 16 milhões para 12 milhões.

Para fechar no azul, parece, porém, que a salvação da Sony será o bom e velho Playstation 3. Velho, sim - já tem seis anos de vida e vai ser o carro chefe da empresa até pelo menos 2015, segundo disse John Koller, vice-presidente de hardwares da empresa, ao Gamespot.

O Vita simplesmente não decola. A razão mais óbvia para isso é o absoluto domínio da Nintendo no mercado de portáteis com a família DS. A segunda é a exaustivamente citada ascensão dos celulares como plataformas de jogos. O console da Sony não foi feito para jogadores casuais e os não contemplados pelos aparelhos domésticos, justamente aqueles que se interessam em ter um dispositivo para jogar aqui e ali, fora de casa.

A Sony ainda não conseguiu abocanhar boa parte do mercado e fazer frente à concorrente como fez com o Playstation há pouco menos duas décadas, quando lançou-se no ramo dos games e mostrou-se uma verdadeira ameaça à hegemonia nintendista.

Publicidade

No ano fiscal terminado em março deste ano, a companhia japonesa registrou prejuízo US$ 858 milhões, embora a divisão de jogos tenha contabilizado lucro de US$ 371 milhões no período, o que pode ser atribuído ao sucesso do PS3. House não disse se essa cifra será melhor nos 12 meses seguintes, o que não é um bom indício vindo do chefe.

A conta dos executivos é que os games serão responsáveis pelo faturamento de mais de US$ 1 bilhão para a Sony até 2015, quando será avaliada a gestão de Kazuo Hirai, CEO que assumiu as rédeas da Sony em abril de 2012. É uma meta ambiciosa. Ou eles acham um jeito de vender mais Vitas, ou confiam no taco do PS3 - que terá quase uma década de vida até lá. A segunda opção parece a mais provável.

Fonte: Reuters

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.