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Por valmarfilho
Atualização:

A primeira vez que vi essa mensagem, eu nem mesmo sabia ler. Foi em um fliperama, em uma máquina de Asteroids. E nem tinha sido meu primeiro contato com games. Aos 6 meses de idade, fui apresentado a um Telejogo, da Philco. Desde então, foi empatia instantânea.

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A segunda vez que vi essa frase, press start button, que me marcou muito foi em uma feira de utilidades domésticas, nos longínquos anos 1980. Uma marca qualquer de videogames mostrava um jogo pirateado que nunca mais saiu da minha memória. No jogo, um bigodudo de macacão comia cogumelos, enfrentava tartarugas e salvava uma princesa. Era o primeiro Super Mario Bros.

Daquele dia em diante, nunca mais fui o mesmo. Os games se embrenharam na minha mente e na minha vida de uma forma tão intensa que não consigo mais me ver como pessoa sem pensar em games como parte integrante da minha psiquê. Não é simplesmente ser um obcecado, um viciado em games. Muito do que sou foi influenciado pelo que vivenciei nos jogos.

Como não ser transformado pelo que vi, senti e joguei? Super Mario, Chrono Trigger, Final Fantasy VII, Metal Gear Solid... são tantos jogos, tantos sentimentos.

Se fossem simples diversão vazia, instantânea e escapista, eu teria apagado tudo da minha memória, como apago programas de TV, filmes e livros sem importância. Mas não, muita coisa ficou retida na minha memória, faz parte do coletivo de experiência que me define como ser humano.

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Eu não sou um jornalista que escreve sobre games. Na verdade, eu só me tornei jornalista por causa dos games. E justamente por causa dos games eu me sinto compelido a aprender mais, para enxergar as referências culturais nos jogos.

Não basta saber, por exemplo, que a música de Sephiroth, de Final Fantasy VII veio de Carmina Burana porque o compositor Nobuo Uematsu contou. O barato é ter referencial cultural para sacar isso sem ninguém precisar explicar. E isso vale para música, dramaturgia, cinema...

Games não são coisa de criança. Também são coisa de criança, mas da mesma forma que a arte também pode ser direcionada para os pequenos. Existem livros para crianças e livros para adultos, o mesmo com filmes, peças de teatro, músicas. E games.

Aqui no Link acreditamos que os games são uma faceta da cultura que merece atenção. Por isso, esse blog é sobre cultura gamer.

É claro que teremos notícias, mas o principal ponto aqui é celebrar a cultura dos games em suas mais variadas formas. Vale resenha, entrevistas, vídeos...

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