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Quem joga, sabe

Nintendo antissocial

Japonesa declara não ter nenhum interesse no Facebook

Por valmarfilho
Atualização:

Os jogos sociais foram as grandes estrelas da Game Developers Conference (GDC), semana passada. Muitos desenvolvedores acharam o modelo de negócios de empresas como a Zynga Games uma excelente forma de aumentar a receita fazendo jogos de orçamento menor.

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Como os jogos sociais tem como principal alvo os jogadores casuais, era de se esperar que a Nintendo capitalizasse nesse sentido, pois ela provado conhecer o jogador casual como ninguém, especialmente se levarmos em conta o sucesso do Wii e do portátil DSi.

O site Industry Gamers publicou mais uma entrevista com Reggie Fils-Aime, em que o CEO da Nintendo America deixa claro que não tem interesse em fornecer conteúdo interativo para o Facebook, apesar de achar interessante o conceito das micro transações.

O que impede a Nintendo de entrar para o mercado de aplicações para o Facebook é o fato da Nintendo não controlar a rede social.

Para Reggie, a Nintendo sem dúvida iria ganhar dinheiro no Facebook, mas poderia canibalizar seu mercado. O raciocínio é que, se um jogo disponível no DSi estiver também no facebook, ninguém vai querer comprar o hardware para rodá-lo, pois já pode fazer isso com o hardware que já possui.

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A decisão da Nintendo é bastante discutível. Muitos fabricantes dariam tudo para oferecer um hardware que conseguisse proporcionar a mesma experiência que o PC consegue ao acessar o Facebook e seus apps.

Ao tratar o Facebook como potencial ameaça a venda de consoles, a Nintendo catapulta a rede social à condição de concorrente direto, como a Microsot e a Apple. É interessante que empresas grandes estejam considerando o Facebook como uma plataforma de jogos.

Existe aí um potencial enorme de mercado, e principalmente a chance de novas empresas, com poucos recursos, surgirem. Aconteceu isso com a Zynga e, se a tendência de crescimento continuar, acontecerá com outras pequenas empresas, ou até mesmo pessoas, que tiverem boas ideias e as colocarem no Facebook na forma de aplicativos.

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