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Quem joga, sabe

Review: Call of Duty Black Ops 3

Modo multiplayer remodelado é principal atrativo do novo jogo da série de tiro

Por Redação Link
Atualização:

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por Marcius Azevedo

Não é incomum os jogos anuais caírem na mesmice. É necessário uma boa dose de criatividade e trabalho árduo para convencer jogadores assíduos e até aqueles ocasionais. Call Of Duty Black Ops III acerta no centro do alvo.

A Activision marca pontos mais uma vez na estratégia ao fazer um rodízio entre as três produtoras da série de games de tiro: é fácil perceber como os três anos gastos pela Treyarch ajudaram Black Ops 3 a se tornar um belo jogo.

O destaque é o modo multiplayer. Sem deixar de lado uma história interessante na Campanha, a Treyarch fez um trabalho primoroso, capaz de entreter os jogadores por infinitas horas. Os cenários são belíssimos, com gráficos impecáveis. Na versão testada, para Xbox One, nenhum lag foi notado, embora usuários do PlayStation 4, tenham reclamado de travamentos no game pelas redes sociais.

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Além dos detalhes incríveis da parte gráfica - como, por exemplo, uma sombra na parede por incidência do sol pelas costas do jogador -, os cenários do multiplayer foram muito bem desenhados. Todo tipo de gamer terá um que se adapta melhor ao estilo de jogo, seja agressivo, caçando os oponentes, ou paciente, escondido em uma posição estratégica para surpreender um rival desavisado.

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Os mais legais são o Aquarium, que o próprio nome indica ser um aquário desativado, com possibilidade de explorar espaços debaixo d'água e até atirar enquanto nada para emergir do outro lado, e o Hunted, um cenário que fica em um zoológico, também sem seus moradores originais.

A evolução, como de costume, depende da habilidade do jogador. Todos precisam escolher um especialista para começar. Esses personagens têm poderes e atributos especiais que poderão ser utilizados na batalha. São quatro opções iniciais, com outras que só serão liberadas conforme o desempenho no multiplayer. Para os jogadores casuais, no entanto, isso pode ser um problema e até um motivo para deixar o jogo de lado.

Black Ops 3 é o retorno a um futuro próximo - depois da aventura futurista de Advanced Warfare, no qual os jogadores poderiam voar pelo cenário com a ajuda de exoesqueletos. No entanto, há recursos interessantes na abordagem do futuro do game, como a possibilidade de andar pelas paredes - algo bem útil em alguns momentos, e que pode dar vantagens a jogadores experientes.

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E não seria um Call of Duty sem mortes espetaculares. O sangue jorra solto, sem economia. Há, claro, cenas mais exageradas, como corpos sendo explodidos, queimados e eletrocutados. Mas certamente o usuário fiel já está bastante acostumado. O multiplayer oferece diversos (e já conhecidos) modos, como mata-mata em equipe, dominação, contra todos... Apesar disso, não há do que reclamar. A Treyarch entrega o que o usuário mais exigente pede e aguarda anualmente.

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Para quem não curte tanto o multiplayer, há obviamente outras opções. A mais interessante delas é o modo Campanha, o prato principal do menu de Call of Duty Black Ops 3. A história se passa 40 anos depois do final de Black Ops II - no entanto, esqueça o título. Este game se parece bem mais com Advanced Warfare do que com a continuação de um game focado na conspiração e na espionagem.

Assim como em Advanced Warfare, o personagem principal (um novato, claro) fica à beira da morte para renascer modificado, com melhorias artificiais. O conflito (de entendimento) entre os seres humanos modificados e máquinas é o tema chave do game. Os robôs são os inimigos. A paz precisa ser restabelecida, evitando o início de uma nova guerra fria.

A participação de atores reais interagindo com o personagem principal dão um molho para o enredo. Christopher Meloni (Law and Order: SVU), Katee Sackhoff (Battlestar Galactica) e Sean Douglas são alguns deles. A narrativa, de um modo geral, é interessante, mas é impossível aprová-la 100% - especialmente para quem esperava uma sequência de Black Ops II. Apesar dos soldados humanos ainda serem os heróis, há o abuso da tecnologia, com o controle de equipamentos por implantes do cérebro, drones, etc...

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Vale a pena? No geral, Call Of Duty Black Ops 3 vai agradar boa parte dos fãs da série e, com certeza, atrair outros que jogavam no passado e se afastaram por algum motivo. As novidades e os bons mapas do modo multiplayer fazem a alegria dos veteranos. Se o modo campanha não funciona como uma continuação de Black Ops II, ao menos ele traz uma boa história para quem curte jogar sozinho. É só um jogo de tiro, mas a gente gosta.

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