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Quem joga, sabe

Sem grandes novidades, Yoshi's New Island (3DS) impressiona novas gerações

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

 

Já não é segredo para ninguém. Basta que uma nova plataforma da Nintendo seja lançada - Game Boy, Nintendo DS ou um console de mesa - e séries consagradas receberão sua versão. Nos últimos anos, sob o título de "New", uma espécie de remake do game com novidades. Assim foi com Donkey Kong no Nintendo Wii, The Legend of Zelda - A Link Between Worlds no 3DS, New Super Mario Bros (DS / 3DS / Wii / Wii U) e, mais recentemente, Yoshi's New Island.

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Se você tem mais de 20 anos, com certeza deve se lembrar da primeira vez em que os bigodes de Mario deixaram o protagonismo da história bidimensional e o dinossaurinho Yoshi tomou as rédeas do destino do encanador italiano. Isto aconteceu lá em 1995, no Super Nintendo. Era o Super Mario World 2:Yoshi's Island. Jogabilidade inovadora, gráficos bem desenhados, novo personagem, novas fases.

De lá para cá - são quase 20 anos - quase nada mudou no game de plataforma. O Yoshi continua com os mesmos movimentos, pouco foi usado dentre os novos recursos do Nintendo 3DS - não espere uma jogabilidade inovadora com touch screen, microfone e giroscópio. Aliás, este último recurso tem sua utilidade em poucos minigames dentro dos estágios. Neste ponto, Yoshi Touch & Go, para a geração anterior do DS, garantiu muito mais criatividade.

 Foto: Estadão

O inimigo "Kamek" imita os vilões de Power Rangers e faz os monstrinhos aumentarem sua estatura

Mas isto não significa que o game não continue brilhante. Simplicidade, lindos gráficos que parecem ter saído de um paraíso de cores de alguma obra de arte pintada a giz. Novos estágios, embora com desafios e mecânica semelhantes ao primeiro jogo. Para quem nunca teve contato com a série, uma novidade total, desta vez para se jogar entre a parada de um ônibus e outro.

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É a mesma história: Baby Mario pode ser sequestrado a qualquer momento pelo Magikoopa Kamek e seus comparsas. Seu irmão, Baby Luigi, fora raptado. Na ação, Baby Mario cai em uma ilha de Yoshi, que deve conduzi-lo por seis mundos até enfrentar o inimigo e recuperar o irmão.

As fases são curtas, mas um jogador casual conseguirá passar mais de uma semana jogando tranquilamente, o esperado para um jogo portátil. Em cinco ou seis horas sem muitas mortes, tudo estará terminado.

Os chefes, muitas vezes versões ampliadas de personagens comuns do jogo pela mão de uma mágica de Kamek, são ridiculamente fáceis. Seu irmão ou sobrinho de oito anos não terá dificuldades em derrotá-lo.

Poucos recursos se somaram ao resultado desta geração, como um ovo gigante que pode ser usado em obstáculos específicos e provoca uma reação "explosiva" no cenário. Há também minigames, como já mencionado, em que Yoshi se transforma em helicóptero, navio ou carrinhos e é movido pelo giroscópio para coletar moedas e outros colecionáveis.

//www.youtube.com/embed/vtJyud6dFNM

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Vale à coleção? Apenas se já não estiver satisfeito com o clássico dos anos 90 ou quiser relembrar a aventura em seu 3DS. O jogo continua com o brilho daquele tempo de ouro dos games, mas resta saber se isto é suficiente para sustentá-lo em uma geração em que o mercado traz tantas novidades, mesmo dentro da própria gama de jogos da Nintendo.

por Luiz Fernando Toledo

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