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Renato Cruz

Realidade misturada

Escâneres e impressoras 3D e internet das coisas mesclam mundos físico e digital

18/10/2015 | 12h32

  •      

 Por Renato Cruz

Objetos produzidos pela Multi Jet Fusion

Objetos produzidos pela Multi Jet Fusion

Em 1995, o professor Nicholas Negroponte, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), publicou o clássico Vida digital, que tinha como conceito central a diferença entre bits e átomos. O livro mostrava como o fluxo de bits (informações digitais) pelas redes de comunicação modificaria nossas vidas. E Negroponte estava certo.

Vinte anos depois, no entanto, a distinção entre as realidades física e digital faz menos sentido, com tecnologias como realidades aumentada e virtual, internet das coisas, escâneres e impressoras tridimensionais. Bits podem se transformar em átomos e átomos em bits com facilidade crescente.

Negroponte escreveu sobre como bens intelectuais, como filmes, música e livros, seriam convertidos em bits. Atualmente, já é possível transformar objetos do dia a dia em bits (num escâner 3D) e modifica-lo digitalmente, para depois imprimir uma nova versão.

Na semana passada, conversei com Shane Wall, diretor de tecnologia da HP e principal executivo dos HP Labs, divisão de pesquisa e desenvolvimento da fabricante de computadores. A HP tem promovido o conceito de “realidade misturada” (em inglês, “blended reality”), para falar de como os mundos físico e digital se tornaram entrelaçados e interdependentes.

“A tecnologia vai desaparecer”, afirma Wall, no sentido de que todas as coisas começam a ter capacidade de computação e comunicação. Segundo o executivo, a estratégia de pesquisa e desenvolvimento da HP está fundada, atualmente, em cinco pilares: transformação 3D, experiência imersiva, hipermobilidade, internet de todas as coisas e máquinas inteligentes.

De certa forma, são tendências relacionadas entre si, e boa parte da indústria corre atrás delas. A emergência desse novo cenário, de entrelaçamento de bits e átomos, com tudo conectado, acontece num momento difícil da indústria de microcomputadores. No terceiro trimestre deste ano, as vendas mundiais de PCs caíram 7,7%, segundo a consultoria Gartner.

No próximo mês, a HP vai se dividir em duas: HP Inc. (computadores e impressoras) e HP Enterprise (servidores, software e serviços). Quando fala do futuro, Shane Wall se refere à visão da HP Inc. Diante da situação atual do mercado, o desafio é grande.

Duas grandes apostas da HP são a tecnologia Multi Jet Fusion, de impressão 3D, e o computador Sprout, que também funciona como escâner tridimensional. Com a Multi Jet Fusion, a HP adaptou sua tecnologia de impressão em papel à produção de objetos. O lançamento é previsto para o ano que vem.

Wall promete impressão 3D mais rápida, barata e com diversidade maior de materiais. “Temos controle da impressão ao nível do voxel”, diz o executivo. Enquanto o ponto que forma a imagem bidimensional é o pixel, o que forma objetos tridimensionais é o voxel.

Rastreamento

A Nastek, empresa brasileira de tecnologia, desenvolveu um rastreador de veículos chamado Yon Motor. O produto usa módulos celulares e de geolocalização produzidos pela Telit. Um aplicativo de celular dá informações sobre o uso do veículo. O rastreador permite criar cercas eletrônicas (definindo regiões onde o carro vai circular) e limites de velocidade. A Nastek tem planos de exportar o produto para os Estados Unidos, Reino Unido e Holanda.

Marketing

A agência F.biz espera que sua divisão Marketing Tech responda, no ano que vem, por 25% do faturamento da empresa. Recém-criada, a divisão é especializada em desenvolver projetos de tecnologia para apoiar decisões de marketing, e responsável por cerca de 10% das receitas da agência. A ideia é oferecer os serviços para além da base atual de clientes.

Foto: Divulgação / HP

No Estado de hoje (“Realidade misturada”, p. B12).

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