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A crise dos jornais no Japão

Por Renato Cruz
Atualização:

O Japão é apontado muitas vezes como um país imune à crise do jornal impresso. A Economist (em inglês) desta semana mostra que não é bem assim: a situação é bem pior do que pode parecer à primeira vista. As tiragens ainda são enormes - o Yomiuri Shimbun vende 10 milhões de exemplares diários matinais e 3,6 milhões vespertinas (mais do que todos os jornais brasileiros somados). A circulação dos jornais japoneses caiu somente 6,3% na última década. Pouco, levando-se em conta que a queda foi de 10,6% nos Estados Unidos durante o último ano.

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Mas, como acontece aqui e em qualquer lugar, os jovens leem cada vez menos jornais. Isso já teve impacto na publicidade. No ano fiscal 2008-2009, os jornais japoneses faturaram 565,5 bilhões de ienes (US$ 6,2 bilhões), comparados a 858,4 bilhões de ienes em 1998. Segundo a revista britânica:

"Os donos de jornais esperam reverter algumas dessas tendências. Eles estão oferecendo jornais em escolas, na esperança de que as crianças se acostumem a lê-los. As universidades pedem que os estudantes analisem matérias de jornal como parte de seu exame de admissão. Talvez isso funcione. O mais provável, no entanto, é que a saúde dos jornais comece a declinar - mais lentamente do que em outros países, talvez, mas as notícias são igualmente ruins."

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