Foto do(a) blog

Informações sobre tecnologia

A informação e os buracos negros

PUBLICIDADE

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

O físico Stephen Hawking disse em 1975 que a informação desaparece quando é engolida por um buraco negro, o que contraria as regras da mecânica quântica. A proposição ficou conhecida como o paradoxo da informação.

PUBLICIDADE

O New York Times (em inglês) traz a resenha do livro The Black Hole War: My Battle With Stephen Hawking to Make the World Safe for Quantum Mechanics (Little, Brown & Company), escrito por Leonard Susskind, professor de física de Stanford. Para Hawking, a informação se perde porque as características do interior do buraco negro não são modificadas pelas partículas que ele absorve. Susskind afirma que há uma expansão na área do "horizonte" do buraco negro, que é sua parte visível, parecida com um túnel:

"Susskind explica esse conceito complexo da forma provavelmente mais clara possível. Toda vez que um bit (unidade de informação) cai no buraco negro, sua abertura se expande por um medida quadrada de Planck -- uma área bilhões e bilhões de vezes menor que um próton. Por causa desse fenômeno, Susskind argumenta, a informação não se perde. Uma descrição de tudo que cai no buraco negro, seja um livro ou uma civilização inteira, é gravada na superfície de seu horizonte e irradiada de volta como imagem na tela de cinema de um drive-in gigante. Como num holograma, as três dimensões são armazenadas em duas."

O paradoxo da informação é um exemplo da dificuldade de se unificar a mecânica quântica (que explica o comportamento das partículas atômicas e subatômicas) e a teoria da relatividade geral (que trata dos corpos maiores).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.