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A tecnologia dos outros

Por Renato Cruz
Atualização:

Semana passada, uma delegação de Xangai visitou o Brasil e apontou o etanol como uma oportunidade de cooperação entre o País e a China. "Podemos desenvolver projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento", disse Liu Jin Ping, vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento do Investimento Estrangeiro de Xangai.

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Para Arthur Kroeber, editor da newsletter China Economic Quarterly, "é difícil e leva tempo" ir além das exportações de commodities para o mercado chinês. Ele vê a possibilidade de parcerias, mas alerta que é preciso ter cuidado:

"Se pudessem, os chineses gostariam de produzir todo o etanol. Mas não faz sentido. Pois não conseguiriam produzir uma grande quantidade de matéria-prima, seja milho ou árvores para etanol de celulose. A questão que se coloca para o Brasil, já que é difícil exportar diretamente para a China, seria a criação de projetos conjuntos em outros países, como os da África, por exemplo. Existem muitos riscos. Se derem a tecnologia direto para a China, eles podem pegá-la e tirá-los do negócio. Explorar essas oportunidades é uma tarefa de longo prazo, que consumiria bastante tempo. Não é fácil, porque os chineses não gostam de importar coisas e querem muito absorver a tecnologia dos outros."

Mais informações no Estado de hoje, 17/4 ("A China quer muito a tecnologia dos outros", para assinantes, p. B4).

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