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A valorização da Telebrás

Por Renato Cruz
Atualização:

O anúncio da volta da Telebrás, para ser a gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), fez as ações da empresa disparar. Os papéis chegaram a subir mais de 30% durante a sessão de ontem. No fechamento, as ações ordinárias ganharam 22,7%, cotadas a R$ 2,27, e as preferenciais avançaram 19,5%, para R$ 2,39. As especulações com os papéis da estatal têm sido grandes. Apesar de a empresa ter confirmado somente na terça-feira a sua participação no plano, essa hipótese vem sendo anunciada há muito tempo por integrantes do governo. Até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha falado na volta da Telebrás, em evento público. Para Arthur Barrionuevo, professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, o que foi anunciado ontem não foi um plano. "O anúncio tratou principalmente da volta da estatal", disse Barrionuevo. "Não foram definidos meios objetivos e metas claras para a universalização da banda larga. É um pouco triste que um assunto tão sério seja tratado de uma forma quase leviana." Segundo Barrionuevo, a entrada da Telebrás, com a possibilidade de a empresa receber tratamento privilegiado do governo, cria insegurança para os investimentos, o que pode inibir a atuação das empresas privadas. Além disso, a oferta da infraestrutura de fibras ópticas do governo, que seria uma medida positiva para a competição no setor, deve ter um impacto muito limitado, pois a maior carência de redes no País está na chamada última milha - a conexão que chega efetivamente à casa das pessoas -, e não nas linhas de longa distância. No Estado de hoje ("Ações da empresa disparam após anúncio do plano", p. B14).

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