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Bastardos Inglórios, do Quentin Tarantino

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Por Renato Cruz
Atualização:

Finalmente fui ver Bastardos Inglórios, do Quentin Tarantino. Muito foi escrito sobre o débito do filme com o Western Spaghetti, mas, conforme ia assistindo, a referência que mais me veio à cabeça foi Brian De Palma. O lado violento lembra muito longas-metragens como Scarface e Os Intocáveis. Uma referência óbvia é o bastão de beisebol do "Urso Judeu", a mesma arma usada pelo Al Capone interpretado por Robert De Niro na cena clássica de Os Intocáveis.

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Existem outros paralelos, como a festa de Carrie, a Estranha e a vingança de Shosanna Dreyfus contra os nazistas na sala de cinema. A cena em que a dona do cinema se arruma para a estreia, ao som de "Cat People (Putting Out Fire)", do David Bowie, tem um tom oitentista que, somado à cinefilia (constante nos filmes dos dois diretores), remete a filmes como Dublê de Corpo e Um Tiro no Escuro.

Tarantino nunca foi tão contido e tão preciso. Não sente mais a necessidade de mostrar o tempo todo o quanto é bom. Ele ainda se aproxima de Brian De Palma no virtuosismo técnico e no gosto pelo pastiche. Esse gosto pelo pastiche permite que a garota judia sob a ocupação, interpretada por Mélanie Laurent (foto), se transforme em Jean Seberg ao se sentar no café parisiense.

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