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Brinquedos biotecnológicos

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Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

Em entrevista ao site Salon (em inglês), o físico Freeman Dyson (foto) critica o exagero nos alertas contra o aquecimento global, argumenta que Richard Dawkins prejudica a ciência na sua campanha contra Deus e prevê que, em 50 anos, os combustíveis fósseis deixaram de ser um problema, pois o homem inventará plantas capazes de produzir combustíveis de maneira muito mais eficiente do que as que existem hoje.

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Ele lembra que, em meados do século passado, os computadores eram grandes, caros e complexos. De lá para cá, boa parte da indústria de informática se desenvolveu ao redor de jogos. Na sua visão, o mesmo vai acontecer com a biotecnologia:

"Agora ela é vista com muita desconfiança, porque está nas mãos de grandes empresas que fazem coisas que as pessoas desaprovam, como colocar genes venenosos em plantas comestíveis. Está se tornando politicamente impopular. Mas eu acho que a biotecnologia será domesticada e kits no estilo 'faça você mesmo' estarão mais disponíveis para todo mundo. Você será capaz de ler e escrever seus próprios genomas e de produzir rosas, orquídeas, lagartos, cobras ou qualquer tipo de criatura, de acordo com seu próprio projeto."

Ou seja, brincar de Deus pode ser mais divertido que lutar contra Ele. Dyson acaba de publicar o livro de ensaios A Many-Colored Glass (University of Virginia Press).

Foto: Jacob Appelbaum/Licença Creative Commons ShareAlike v. 2.0

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