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Consolidações improváveis

Luís Minoru Shibata, diretor de consultoria da PromonLogicalis, traça cenários de consolidação do mercado brasileiro de telecomunicações que, segundo ele, "não irão ocorrer", a partir da oferta de Telefónica pela participação da Portugal Telecom na Vivo. "Com a oferta da Telefonica, diversos cenários possíveis já sendo reportados nas notícias", escreve Minoru, em seu blog. Por causa disso, ele resolveu, nas suas próprias palavras, "dar uma viajada geral mesmo".

Por Renato Cruz
Atualização:

Os cenários pensados por ele são:

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"Decolando: O início da viagem - A Portugal Telecom (PT) aceita uma oferta da Telefónica para vender a participação na Vivo e adquire o controle da TIM Brasil (lembrando: a Telecom Italia está bastante endividada e deve estar receptiva a venda dos ativos na Argentina e Brasil por um preço justo). Além disso, a PT condiciona essa venda da participação na Vivo com a saída da Telefónica como acionista da Portugal Telecom. - Os portugueses fazem esse movimento coordenando a aquisição na TIM Brasil. Com que dinheiro? Com ajuda dos franceses da Vivendi em segredo. Num momento seguinte, estariam unindo a TIM Brasil (+Intelig) com a GVT, configurando um player bem interessante de fixo+móvel+mídia no Brasil. - A competição ficaria configurada entre quatro grupos de oferta de serviços de comunicação: os mexicanos da Embratel+Claro(+Net?), os espanhóis da Telefonica+Vivo, os franceses com portugueses na GVT+TIM Brasil(+Intelig) e os 'brasileiros' na Oi. Rotas alternativas: - A Telefónica decide vender a sua participação na Vivo para adquirir o controle da TIM Brasil. A pergunta seguinte é: mas quem iria adquirir? A PT tem esse fôlego financeiro? Acredito que não, mas da mesma forma que descrevi acima, poderia já casar a compra dos 50% com a venda dos mesmos para os franceses da Vivendi, que no momento seguinte consolidaria com as operações da GVT. - A Portugal Telecom vende a participação, deixando a Telefónica livre para a consolidação das operações fixa e móvel. Em paralelo a PT adquire participação na Oi, que tem uma situação financeira desfavorável no momento. - A Portugal Telecom continua na Vivo e a Telefónica faz o movimento de consolidação Telefonica+Vivo mesmo assim. Aterrissando: Delírio final - Nesse cenário de competição mais acirrada, aumenta a dificuldade da Oi em sanar suas dívidas. Numa operação de capital intensivo, os problemas de caixa afetam a qualidade e consequente perda de clientes, levando a operadora para cenário bastante negativo. Com isso, reforça a possibilidade da junção da Oi+Telebrás, estruturada para fornecer serviços para os órgãos públicos e viabilizar a capilaridade necessária para o Plano Nacional da Banda Larga."

Apesar de serem poucas as peças que restaram no tabuleiro das telecomunicações brasileiras, dá para perceber, pela análise de Minoru, que ainda existe uma infinidade de combinações potenciais. Quanto à impossibilidade dos cenários, cabe ao leitor decidir.

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