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CVM investiga compra da GVT

Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investiga a compra da operadora brasileira GVT pela francesa Vivendi. Na noite de ontem (30/11), a autoridade do mercado acionário divulgou um comunicado informando ter considerado insuficientes as informações divulgadas pelo grupo sobre as opções de compra de ações da GVT que possui e sobre as que já exerceu.

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Em 13 de novembro, a Vivendi divulgou um fato relevante anunciando que havia comprado 37,9% do capital votante da GVT, e ainda havia garantido o direito de compra de mais 19,6%. Com isso, a empresa esvaziou o leilão de oferta de compra de ações da GVT pela Telefônica, que estava marcado para o último dia 19. Um dos pré-requisitos para o leilão era que o grupo espanhol comprasse o controle da GVT.

O grande questionamento feito pelo mercado é sobre quem vendeu as opções de compra de 19,6% para a Vivendi. Ontem, a Vivendi informou ter comprado 8,52 milhões de ações ordinárias da GVT em 17 de novembro do fundo Tyrus Capital. Segundo o comunicado, o exercício das opções foi parcial, porque o grupo francês teria adquirido do Tyrus o direto de comprar 24,93 milhões de ações ordinárias da Vivendi, correspondentes aos 19,6%. O preço foi de R$ 55, mais um prêmio de R$ 1 por ação. As informações foram prestadas em resposta a um ofício da CVM.

A explicação não foi considerada suficiente pela autoridade do mercado de valores mobiliários. "A Vivendi S/A não esclareceu, conforme determinado pela CVM, a natureza dos direitos do Tyrus Capital LLP sobre as ações da GVT Holding S/A, objeto das opções, nem forneceu esclarecimentos adicionais indispensáveis para a correta avaliação da situação pelo mercado", informou a CVM, em comunicado.

Ainda ontem, a CVM enviou um novo ofício à Vivendi, solicitando informações adicionais, com prazo até às 18h do mesmo dia. O grupo francês não respondeu à solicitação. "As investigações conduzidas pela CVM prosseguem e maiores informações serão prestadas ao mercado em momento oportuno", informou a CVM. Procurada, a Vivendi preferiu não comentar o caso.

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No dia 13 de novembro, a GVT informou ao mercado que o Tyrus detinha, de maneira indireta, 8,520 milhões de suas ações, o que equivale a 6,63% do capital. Esse foi o montante adquirido pela Vivendi. Não houve aviso posterior da GVT sobre aumento de participação da Tyrus.

Mais informações no Estado de hoje ("CVM investiga operação de compra da GVT pela francesa Vivendi", p. B16).

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