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"Estou de saco cheio do Chris Anderson"

Por Renato Cruz
Atualização:

"Quando eu quero falar de música, eu saio com meus sócios, que são banqueiros", diz João Marcello Bôscoli, presidente da Trama. "Porque, com os artistas, eu só consigo falar de dinheiro." Seus sócios são Cláudio e André Szajman, do Grupo VR. Segundo Bôscoli, chegou o momento em que não compensa mais fabricar CDs. Ele não revelou o faturamento da empresa, mas disse que somente 18% vêm hoje da venda de CDs e DVDs de música. Em 2005, eram 40%. A maior parte das receitas vêm de atividades como editora musical, música para videogame, agenciamento de artistas e programas de rádio e televisão.

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O projeto da Trama se enquadra de alguma forma na teoria de Chris Anderson, editor da revista americana Wired e autor do best-seller A Cauda Longa, e que prepara um livro chamado Free (Grátis), sobre os modelos de negócio para oferecer produtos e serviços sem cobrar do consumidor. "Estou de saco cheio do Chris Anderson", afirma Bôscoli. "O que ele está descobrindo? O mecenato? O mecenato tem um trilhão de anos. Nada é novo nessa visão de internet. O que gente descobriu agora? Que as pessoas gostam de ganhar coisas de graça, que os artistas gostam de dinheiro e que existe o mecenato. O que viabilizou Bach? Foi a igreja. O que viabilizou o jazz nos EUA? Foi a Nabisco. A Nabisco fez o primeiro programa de jazz no país. Sempre tem alguém que paga a conta."

Mais informações no Estado de hoje, 3/3 ("'Sempre tem alguém que paga a conta'", p. B12).

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