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Gilberto Gil e a economia do imaterial

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Por Renato Cruz
Atualização:

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, enxerga na turbulência dos mercados financeiros uma valorização da "economia do imaterial". Ele participou ontem (16/8) do seminário "Convergência Tecnológica e as Indústrias Criativas", na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), depois do fechamento do mercado. A princípio, Gil não queria comentar a turbulência. "Não sou especialista", justificou.

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Em seguida, resolveu tratar do assunto sob o ponto de vista "da sociedade, dos indivíduos, dos cidadãos, dos consumidores, das microunidades econômicas". Ele preferiu fazer uma análise mais ampla, no lugar de comentar os acontecimentos dos últimos dias. "A economia mundial viveu um ciclo de referência muito forte ao campo financeiro, com o campo financeiro voltado ao seu próprio umbigo, autocentrado", disse o ministro. "Essa foi a grande marca dos últimos 30, 20 anos pelo menos, da economia mundial. O que a gente vê agora é uma retomada do interesse do capital pela produção, também de bens duráveis, mas principalmente de bens imateriais."

Gil, que saiu mais cedo do evento porque tinha que se preparar para o show que faria em seguida, destacou o avanço da "importância da economia do imaterial". E analisou: "Há uma nova tendência histórica com um novo ciclo, e eu tenho a impressão que essas crises passageiras refletem exatamente isso: a necessidade de mudança de ênfase, de mudança de rumo."

O painel na Bovespa foi organizado pelo cineasta Luis Carlos Barreto. O presidente da bolsa, Raymundo Magliano Filho, saudou Gil como o primeiro ministro da Cultura a visitar a Bovespa. Gil, o único ministro no mundo a ser vencedor do Grammy, prometeu que voltaria à bolsa, possivelmente em setembro, para se reunir com banqueiros e discutir o investimento em empresas da área da cultura.

Foto: Christian Rôças

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