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Google, televisão e internet

Por Renato Cruz
Atualização:

O Google não gosta da divisão entre publicidade online e offline. A mensagem da gigante da internet é que a estratégia tem de ser uma só. "Somos complementares", disse Henrique de Castro, presidente de Mídia, Mobilidade e Plataformas do Google. Segundo o executivo, os sites do Google, que incluem o Orkut e o YouTube, somado ao de parceiros, alcançam 95% da audiência da internet brasileira.

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O Brasil tem cerca de 80 milhões de usuários de internet. Segundo o executivo, em alguns segmentos, como os jovens, a audiência do Google corresponde a cerca de 75% do total do público. "A TV está perdendo cobertura na camada jovem", afirmou o executivo. "A complementaridade entre TV e internet é muito importante numa campanha. Oferecemos uma audiência enorme aqui."

O Google é conhecido principalmente pelos seus links patrocinados, que são os pequenos anúncios de textos que aparecem com os resultados das buscas. Castro é responsável pelos anúncios de display, que são aqueles mais convencionais, que possuem imagens e até vídeo.

Com escritório em Nova York, ele visita o País a cada seis meses. O executivo esteve aqui na semana retrasada, quando foi palestrante no evento MaxiMídia e reuniu-se com agências, clientes e parceiros.

"Queremos permitir a inteligência das buscas no display", disse Castro. Quando uma empresa faz um anúncio no formato de link patrocinado, ela escolhe palavras-chave com as quais esse anúncio vai aparecer. O objetivo é que o link tenha relevância para quem está fazendo a busca.

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O presidente do Google afirmou que, nos anúncios de display, é possível também segmentar a audiência de acordo com o seu perfil e com o contexto, conseguindo um resultado semelhante ao das buscas.

O YouTube é um ativo muito importante para o Google nessa briga pelo mercado que vai além dos links patrocinados. Na comparação entre a mídia tradicional e a mídia digital, os especialistas americanos costumam falar em "dólares tradicionais e centavos digitais", referindo-se ao fato de que os anunciante costumam pagar bem menos pela audiência da internet que pela da televisão ou do impresso.

Castro afirmou que, com o vídeo online, esse fenômeno não ocorre. "A audiência do vídeo online não é mais barata que a da TV", disse. "Os preços são bem similares." Ele citou estudos que apontaram que o espectador precisa ter contato duas vezes com a campanha no vídeo online para que ela tenha o resultado desejado e sete vezes na televisão.

"Existem algumas explicações para isso", apontou o executivo. "Uma delas é que o usuário de internet está mais próximo da tela. Outra é que o anúncio online é mais direcionado para o perfil de quem o está assistindo."

Mais informações no Estado de hoje ("Para o Google, a internet complementa a TV", p. N8).

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Foto: Jim Henderson / Creative Commons

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