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Marca iPad não é da Apple?

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Por Renato Cruz
Atualização:

Nem tudo é festa no lançamento do iPad no Brasil. A brasileira Transform, que fabrica produtos de tecnologia para o mercado de saúde, viu no lançamento uma ameaça aos seus negócios. A empresa tem registro da marca "I-Pad Fast" para computadores, notebooks e software no Brasil, e acusa a fabricante americana de eletrônicos de pirataria.

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A empresa entrou com um mandado de busca e apreensão contra a Fast Shop e, na madrugada de hoje, foram apreendidas seis unidades do iPad da Apple na loja do Shopping Iguatemi, uma de cada modelo, para caracterizar o desrespeito à sua propriedade intelectual.

Fundada em 2003, a Transform entrou com o pedido de registro da marca "I-Pad Fast" no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) há três anos. O registro acabou sendo concedido em janeiro deste ano. No caso da Transform, I-Pad é a sigla de Intelligent Public Access Defibrillator, um desfibrilador (foto) para ser usado em locais que recebem um grande número de pessoas, como eventos, jogos de futebol e shopping centers.

"Que a marca seja usada num desfibrilador não tem a mínima importância", disse Newton Silveira, advogado da Transform. "O importante é que a Transform tem o registro da marca para computadores, notebooks e software, concedida pelo governo brasileira e válida para todo o território nacional."

Há um mês, a Transform notificou judicialmente a Apple no Rio de Janeiro, mas não obteve resposta. A partir dos iPads apreendidos na Fast Shop, a empresa pode entrar com uma ação contra a rede varejista, por venda de produto pirata. "Essa é uma questão que não comentamos, porque é da Apple", disse Luiz Pimentel, diretor da Fast Shop. A Apple preferiu não comentar.

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A Transform estuda ir à Justiça contra a Fast Shop e outros varejistas. "Entrar com uma ação contra a Apple, nos Estados Unidos, seria muito caro", afirmou Silveira.

Foto: Reprodução

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