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Renato Cruz

Nanotecnologia na Europa

11/07/2009 | 11h49

  •      

 Por Renato Cruz

Sania Ibragimova

O investimento da União Europeia em pesquisa de nanotecnologia, que deve chegar a 1,2 bilhão de euros em sete anos, já dá origem a produtos. Segundo a consultoria Lux Research, os produtos nanotecnológicos irão movimentar US$ 3,1 trilhões em todo o mundo em 2015.

É o caso do projeto Membaq, que desenvolve membranas que filtram a água reproduzindo, com tecnologia nanométrica, a estrutura das aquaporinas, proteínas encontradas nas células dos seres vivos e que conduzem somente moléculas de água. “São filtros naturais”, afirmou na semana passada Hans Enggrob, coordenador do projeto, durante o evento World Conference of Science Journalists, em Londres.

A nanotecnologia trabalha no nível molecular, e manipula materiais com dimensões de 100 nanômetros ou menos. Um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro. Um fio de cabelo, por exemplo, tem 30 mil nanômetros.

A pesquisa começou há dois anos e meio, e a expectativa é que se transforme em produto em um ano. Para comercializar a tecnologia, foi criada uma empresa, chamada Aquaporin, que recebeu um investimento de 6 milhões de euros de fundos de capital de risco.

“Teoricamente, a tecnologia é 10 vezes mais eficiente do que as que existem hoje no mercado”, disse Sania Ibragimova (foto), pesquisadora da Aquaporin. A água ultrapura criada a partir da aplicação da tecnologia pode ser usada em setores como a indústria farmacêutica, semicondutores e geração de energia.

A União Europeia também financia pesquisas sobre a segurança da nanotecnologia. Um estudo conduzido pelo projeto Nanommune mostrou que a inalação de nanotubos de carbono de parede simples pode causar pneumonia e fibrose no pulmão de animais.

Os nanotubos de carbono são mais leves e mais fortes que o aço, e podem ser usados em áreas como a eletrônica e a óptica, além de produtos de consumo, como bicicletas e raquetes.

“As mesmas propriedades que tornam os nanomateriais promissores podem torná-los perigosos”, afirmou Bengt Fadeel, coordenador do projeto. A conclusão da pesquisa foi de que se trabalhadores forem expostos a nanotubos de carbono que podem ser respirados, nos níveis permitidos hoje para a exposição ao grafite, eles correm risco de doenças pulmonares. Pela sua composição química, os nanotubos são grafite.

Outra pesquisa europeia que está próxima de se transformar em produto desenvolveu duas tecnologias de revestimento para evitar que algas e crustáceos se prendam à superfície dos navios. “Um navio com muita sujeira pode consumir 40% a mais de combustível”, apontou James Callow, professor da Universidade de Birmingham.

Uma tecnologia de revestimento torna a superfície áspera numa escala nanométrica. A olho nu, não existe diferença, mas os organismos vivos têm mais dificuldade de se prederem ao casco do navio. Essa solução usa nanotubos de carbono para deixar mais áspera a superfície revestida.

Outra tecnologia combina, em nível nanométrico, áreas hidrófilas (que atraem a água) e hidrófobas (que repelem a água). “Os crustáceos e as algas não gostam de superfícies ambíguas, e esse revestimento reduz a força da cola biológica que eles criam”, explicou Callow. O professor disse que os revestimentos com essas tecnologias não devem ter um custo muito diferente dos que existem hoje no mercado.

No Estado de hoje, 11/7 (“Nanotecnologia vai da teoria à prática“, p. B12).

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