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O segundo mais rico

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

Na semana passada, o mexicano Carlos Slim Helú (foto), aos 67 anos, ultrapassou o investidor americano Warren Buffett e tornou-se o segundo homem mais rico do mundo, com uma fortuna pessoal de US$ 53,1 bilhões, de acordo com a Forbes. O Brasil tem uma participação importante na riqueza de Slim, controlador da Claro, da Embratel e da Net e maior rival da espanhola Telefónica na América Latina. Especialista em comprar empresas com problemas, o bilionário mexicano, dono da Telmex e da América Móvil, quer expandir seu império para além das Américas. No último mês, fez uma oferta conjunta com a AT&T para comprar 66% da controladora da Telecom Italia.

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"É uma forma de a Telmex diversificar sua carteira", afirmou Wally Swain, vice-presidente sênior para Mercados Emergentes da consultoria The Yankee Group. "Não acredito que a oferta se resuma a uma nova tentativa de comprar a TIM Brasil." Antes de fazer a oferta pela Telecom Italia, a América Móvil tentou comprar a subsidiária brasileira, mas sua proposta foi rejeitada. "Estão acabando as empresas latino-americanas que ele pode comprar."

Além da Telmex e da América Móvil, operadoras dominantes nas telecomunicações do México, os bens de Slim em seu país incluem lojas de departamentos, um banco, restaurantes e várias fábricas. Sua fortuna equivale a 7% do Produto Interno Bruto (PIB ) do México. "Se Gates tivesse uma proporção similar nos Estados Unidos, ele teria US$ 874 bilhões", apontou a Forbes. Com US$ 56 bilhões, Bill Gates, homem mais rico do mundo e co-fundador da Microsoft, está somente US$ 2,9 bilhões à frente de Slim.

Apesar do sucesso, nem todos os mexicanos têm orgulho do desempenho de Slim. Ele é chamado de monopolista em seu país natal, pois a Telmex controla mais de 90% do mercado de telefonia fixa local. Alguns o acusam de ter construído sua fortuna mais por influência política do que por talento empresarial. Além disso, as doações que faz a causas sociais nem se comparam às que são feitas por Gates e Buffett, considerados os maiores filantropos do mundo. Em uma entrevista recente, Slim disse que criar empresas de sucesso pode beneficiar mais a sociedade do que "sair por aí como Papai Noel". Ano passado, o executivo doou US$ 1,8 bilhão a uma de suas fundações.

Mais informações no Estado de hoje, 15/4 ("Segundo mais rico do mundo, Slim briga com espanhóis pelo Brasil", para assinantes, p. B18).

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