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Oi quer cuidar de eletrônicos

Operadora vira sócia da CDF, empresa especializada em suporte técnico

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

A Oi quer que seus clientes aprendam a usar seus computadores, smartphones e tablets, para consumir mais banda larga. A empresa acaba de comprar uma participação minoritária na Central de Funcionamento (CDF), empresa com sede em São Paulo que oferece suporte técnico a esses e outros eletrônicos.

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O valor do investimento e o tamanho da fatia adquirida não foram divulgados. "Pelo tamanho da aquisição, não precisamos divulgar fato relevante (avisar aos investidores)", disse Pedro Ripper, diretor de Inovação e Novos Negócios da Oi.

Criada há cinco anos, a CDF oferece dois tipos de serviço: suporte técnico por telefone ou presencial. "Nossa central de atendimento é formada por técnicos", garantiu Eugênio Staub Filho, diretor presidente da companhia. "Eles entendem do que estão falando."

Segundo ele, a CDF tem 800 mil clientes, pessoas físicas, e faz 2,5 mil atendimentos por dia. Com o investimento da Oi, a expectativa de Staub é que, em 12 meses, a base de clientes venha a dobrar.

A negociação entre a Oi e a CDF durou cerca de seis meses. "Foi importante recebermos esse parceiro estratégico, que abriu um novo mercado para nós, de clientes de operadoras", disse Staub. Atualmente, os principais parceiros da CDF são varejistas - como Ponto Frio e Casas Bahia - e seguradoras - como SulAmérica e Zurich.

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Staub é filho do fundador da Gradiente, e foi diretor da fabricante de eletrônicos. "Uso bastante a experiência que ganhei como fabricante no setor de serviços, principalmente no relacionamento com o varejo", explicou o executivo.

Oportunidade

Segundo Pedro Ripper, da Oi, mais de 20% das ligações de clientes que a central de atendimento recebe não estão relacionadas aos serviços prestados pela operadora.

"Às vezes, o cliente cancela a banda larga por causa de um problema no computador", exemplificou Ripper. "Existe uma demanda reprimida que não é bem atendida. Já estamos estudando esse mercado há um ano e meio."

Staub, da CDF, disse que aproximação com a Oi se deu quase por acaso. "Contratamos um executivo que veio da Oi e, quando ele disse para colegas para onde ia, a Oi ficou interessada em conhecer a gente", contou Staub.

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Segundo o diretor da CDF, a empresa não estava em busca de um investidor, mas se interessou pelo investimento da Oi pela possibilidade de ampliar seu mercado.

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A Telefônica tem uma empresa nessa área de suporte técnico, chamada Tec Total. A principal referência internacional nessa área é uma empresa americana chamada Geek Squad, que não atua no Brasil.

"A complexidade da casa do cliente tem aumentado cada vez mais", disse Ripper, da Oi. "As pessoas começam a ter rede em casa." Ripper disse que o primeiro motivo para a compra de participação na CDF foi a fonte adicional de receita. O segundo foi a redução de custos de atendimento, na central da operadora. O terceiro, a redução de perda de clientes. Por último, a possibilidade de alavancar a venda de novos serviços. "Se o cliente sabe usar bem os seus eletrônicos, ele provavelmente vai querer contratar um pacote de dados maior", disse o executivo.

A Oi vê também, na oferta desse tipo de serviço, uma forma de se diferenciar da concorrência. "A satisfação do cliente está muito ligada à experiência fim a fim", disse Ripper. "Não é só cobertura, qualidade e preço."

Foto: Divulgação

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No Estado de hoje ("Oi quer 'cuidar' dos eletrônicos dos clientes", p. B17).

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