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Operadora brasileira fundada no Japão

Por Renato Cruz
Atualização:

Nos últimos 30 anos, milhares de brasileiros foram tentar a vida no Japão. Depois de anos de trabalho pesado em fábricas, alguns desses dekasseguis juntaram dinheiro e se tornaram empresários quando voltaram ao Brasil. A história de Renato Tanabe (foto, à direita) e Wilson Kawai (à esquerda) é diferente. Eles criaram, em 1996, uma operadora de telecomunicações para atender à comunidade brasileira no Japão, chamada Brastel (de Brasil Telecomunicações), que acabou alcançando um faturamento anual de US$ 100 milhões.

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Para as gigantes japonesas de telecomunicações, pode parecer pouco. A NTT faturou US$ 109 bilhões no último ano e a KDDI, US$ 36 bilhões. Essas operadoras vêem a Brastel mais como cliente do que competidor. Quando surgiu, a Brastel oferecia serviços de call back, em que o cliente ligava para um número dos Estados Unidos, passava o número que queria chamar no Brasil e recebia uma ligação de volta, com a chamada desejada.

Foi uma parceria com a KDDI, em 1998, que permitiu à Brastel vender ligações diretamente do Japão, por meio de cartões telefônicos. Em 2000, a empresa fez uma parceria com a NTT para lançar um cartão pré-pago recarregável nas lojas de conveniência japonesas. De lá para cá, a empresa passou a operar também nos Estados Unidos, em Hong Kong e no Brasil. "Somos a maior multinacional brasileira com sede em Tóquio", disse Marcius Wada, sócio da Brastel no Brasil.

Antes de criar a Brastel, Tanabe trabalhou um ano nos serviços gerais da embaixada brasileira em Tóquio, servindo cafezinhos e despachando cartas. À noite, fazia bico como garçom num restaurante brasileiro. Depois, passou a vender publicidade para jornais, revistas e catálogos voltados para a comunidade brasileira no Japão.

Kawai foi ao Japão em 1983 como bolsista, para fazer pós-graduação em engenharia. Depois, trabalhou como estagiário em uma empresa japonesa, desenvolvendo software. Mais tarde, resolveu ter a própria empresa e, depois de algumas tentativas, acabou montando a Brastel com Tanabe.

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Mais informações no Estado de hoje, 2/11 ("Uma múlti brasileira com sede em Tóquio", p. B15).

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