Gordon Moore, co-fundador da Intel, previu em 1965 que a capacidade dos processadores iria dobrar a cada 18 meses. E a chamada Lei de Moore vem se cumprindo desde então. A miniaturização dos componentes, no entanto, está chegando próxima dos limites físicos do silício, material usado na fabricação dos processadores. A indústria busca alternativas para manter o ritmo de evolução dos computadores.
"A Lei de Moore chegará ao fim em 10 a 15 anos", afirmou o diretor associado dos HP Labs, Howard Taub. Os laboratórios da HP, maior fabricante de computadores do mundo, trabalham em tecnologias alternativas à atual. Entre elas estão o computador óptico e o computador quântico. "Somos um grupo que pensa no que a empresa vai ser daqui a uma década."
Apesar de não fabricar processadores, o futuro da HP depende da evolução contínua dos chips. "A nossa idéia é licenciar as tecnologias que desenvolvemos nessa área", explicou Taub. Os HP Labs empregam 600 pessoas, em sete países, e têm um orçamento anual de cerca de US$ 180 milhões, o que equivale a 5% do que a empresa destina anualmente para pesquisa e desenvolvimento. Aproximadamente 10% dos recursos dos laboratórios são aplicados em pesquisa fundamental, como nanotecnologia.
Mais informações no Estado de hoje, 22/7 ("Indústria busca alternativa ao silício", p. B11).
* O repórter viajou a Palo Alto a convite da HP