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Paulo Francis, protoblogueiro

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Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

Está no YouTube um vídeo hilariante com erros de gravação do jornalista Paulo Francis, tirado de um especial da GNT. Ele escreveu em algum lugar que se sentia um Chacrinha Jr. quando aparecia na televisão. E estava lá toda noite na Globo.

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Há 10 anos morria Paulo Francis, e ler jornal se tornou menos divertido. Sua coluna "Diário da Corte", escrita de Nova York, ocupava uma página na quinta-feira e outra no domingo, até 1990 na Folha e depois no Estado, com comentários políticos e culturais, reminiscências e idiossincrasias.

Combinando informação, opinião e chute, influenciou gerações de jornalistas, para o bem e para o mal. Era uma janela para o que acontecia no mundo, numa época pré-web. Hoje boa parte dos grandes jornais, do New York Review of Books e da New Yorker está na internet. Quem se tornou adulto nos últimos 10 anos não tem idéia de como era difícil o acesso à informação.

Seu jornalismo em primeira pessoa pode ser visto como protoblogueiro. Não tinha medo de ser preconceituoso e achou ridículo quando apareceu o politicamente correto. Para os leitores jovens, dava a impressão de ter lido todos os livros. E era muito engraçado.

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