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Informações sobre tecnologia

Rádio digital no Brasil

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Por Renato Cruz
Atualização:

A decisão sobre a rádio digital no Brasil está paralisada. Em 2005, as emissoras brasileiras começaram a testar os sistemas internacionais e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), depois de receber os relatórios, chegou à conclusão de que ainda não era possível tomar uma decisão.

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O pesquisador Flávio Aurélio Braggion Archangelo defendeu hoje (13/8) a tese de doutorado Rádio, tecnologia e sociedade: O desenvolvimento da radiodifusão digital no Brasil, na Universidade Metodista.

O trabalho de Archangelo mostra que, apesar de as grandes emissoras quererem a digitalização, para enfrentar a concorrência dos iPods e outros tocadores de música digital, a tecnologia Ibiquity, preferida dos radiodifusores, não dá resposta satisfatória a esse problema.

Existem problemas de recepção. Os aparelhos são caros e não há modelos pequenos (tipo radinho de pilha), pois eles consomem muita energia.

Como aconteceu no processo de decisão da TV digital, o governo federal se alinhou aos radiodifusores e passou a defender a tecnologia escolhida pelas empresas. Mas, ao contrário do que aconteceu com a TV, onde o consenso entre as emissoras foi construído no tempo, o consenso inicial que havia no setor foi enfraquecido pelos testes.

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A pergunta central da tese é se o rádio digital é uma tecnologia revolucionária. A resposta é que ele não é.

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