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Sky versus Netflix

Empresa de TV paga via satélite lança locadora virtual e critica concorrentes

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Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

A Sky, maior empresa de TV paga via satélite do País, anunciou hoje o lançamento de um serviço de vídeo via internet, chamado Sky Online. Inicialmente, estará disponível somente para assinantes da empresa, para ser acessado somente em computadores. Luiz Eduardo Baptista (foto), presidente da Sky, aproveitou o lançamento para criticar Manoel Rangel, diretor presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), e a Fox Sports.

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A locadora virtual da Sky vem competir com serviços como Netflix, NetMovies, Terra TV, Saraiva Digital e Now, da concorrente Net. Baptista disse, ao comparar seu serviço com o americano Netflix, que chegou ao Brasil no ano passado: "É como comparar o Djokovic com o Borg, que foi um grande jogador".

Com isso, o executivo quis dizer que o Netflix está ultrapassado. Björn Borg foi campeão de tênis na década de 1970. Novak Djokovic é o atual número um do mundo. "Temos a pretensão de ser um Djokovic ou ser um Messi, mas, se vamos conseguir, é o mercado que vai dizer", completou. "Além disso, a Sky Brasil é maior que a Netflix."

A Netflix preferiu não comentar o que disse o presidente da Sky.

O Sky Online chega ao mercado com filmes como Capitão América: O Primeiro Vingador e O Planeta dos Macacos: A Origem. "A primeira janela de lançamento é a do cinema. Queremos estar na segunda, que é a da locadora", disse Baptista.

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A locação de filmes recentes, recebidos por streaming (via internet), custa a partir de R$ 6,90 e a compra de títulos sai a partir de R$ 4,90. Quem pagar uma mensalidade de R$ 14,90 tem acesso ilimitado ao catálogo de filmes, séries e músicas

Tecnologia

A Sky teve de resolver vários problemas técnicos antes de colocar o serviço no mercado. "A gente poderia ter lançado o serviço em agosto do ano passado", disse Baptista. "Mas olhávamos para o nosso filho e ainda víamos defeito."

Ele afirmou que pessoas que participaram dos testes chegaram a ter problemas com uma conexão de 10 megabits por segundo (Mbps). "No laboratório da Sky funcionava perfeitamente", explicou. Depois de correções, o serviço exige uma correção mínima de 2 Mbps.

O executivo contou que coisas que funcionavam muito bem no laboratório da Sky não davam certo na casa do cliente. A Sky acabou optando pela tecnologia Silverlight, da Microsoft. "Não foi nossa primeira opção, mas mudamos porque não funciona", afirmou o presidente da Sky. Segundo ele, uma versão do serviço em Flash, da Adobe, não rodava em PCs com versões mais antigas do Windows.

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Ancine

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A Sky entrou na Justiça contra a nova lei de TV paga, que entrou em vigor no ano passado. No começo do mês, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Manoel Rangel, da Ancine, criticou a postura "extrativista" da Sky. Para Rangel, a empresa só tem como objetivo maximizar resultados econômicos.

A Ancine colocou em consulta pública a regulamentação da nova lei, até o dia 3 de março. Um dos pontos mais polêmicos das novas regras é a imposição de cotas para o conteúdo nacional. "É uma solução em busca de um problema", disse Baptista. "Um filme como Tropa de Elite não precisa de lei de cota. É um produto de qualidade em qualquer lugar do planeta." Para o executivo da Sky, as novas regras vão encarecer os pacotes de TV paga e piorar a qualidade da programação no horário nobre.

A ausência do canal Fox Sports nos pacotes da Sky tem causado polêmica nas redes sociais. "O problema é que querem cobrar uma fortuna", disse o presidente da Sky. "É só eles se tornarem mais flexíveis que assinamos o contrato."

Foto: Marcelo Kahn / Divulgação

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Atualização, 16/2: No Estado de hoje ("Sky lança serviço de vídeo pela internet, com locadora virtual", p. B21).

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