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Telefonia, petroquímica e o governo

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Por Renato Cruz
Atualização:

O apoio do governo à compra da Brasil Telecom pela Oi (antiga Telemar) tem alguma semelhança com o que aconteceu no ano passado no setor petroquímico. Por meio da Petrobrás, a administração pública promoveu uma reestruturação do setor, dividindo-o em dois grandes grupos - Braskem e Unipar. A estatal do petróleo acabou com uma participação minoritária nas duas empresas.

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Nas telecomunicações, a proposta também seria usar a força do governo para concentrar mercado nas mãos de um grande grupo nacional. Mas existem diferenças importantes entre os dois movimentos. "Na telefonia, a concentração seria pior", afirmou o professor Arthur Barrionuevo Filho, da Fundação Getúlio Vargas. A operadora nascida da união entre a Oi e a Brasil Telecom teria posição dominante em 97% do território brasileiro, com 58,6% dos telefones fixos, 55,6% da banda larga e 17,9% dos celulares do País.

Existe uma diferença essencial entre os dois setores: a telefonia é um serviço público e regulado. Mudanças nesse mercado impactam a vida de cada consumidor. Na privatização do Sistema Telebrás, há 10 anos, o Estado se retirou da operação do setor para se dedicar à regulação. Enquanto a privatização do setor petroquímico recebeu críticas por ter fragmentado excessivamente o mercado, as telecomunicações são apontadas como o setor onde a venda de estatais a empresas privadas deu o melhor resultado.

Mais informações no Estado de hoje, 20/1 ("Governo avança nas teles como na petroquímica", para assinantes, p. B10).

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