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Telefónica e Portugal Telecom

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Por Renato Cruz
Atualização:

Se não conseguir comprar a participação da Portugal Telecom (PT) na Vivo, a Telefónica poder fazer uma oferta pelo controle da operadora portuguesa, segundo a revista The Economist (em inglês). O presidente da PT, Zeinal Bava, disse que aceitar a oferta de 5,7 bilhões de euros pela participação na Vivo, maior operadora de telefonia móvel do País, seria como "amputar o futuro" da sua companhia.

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"Mas pode ser difícil de resistir a essa cirurgia", observou a Economist. "Isso é equivalente a mais de 80% do valor total de mercado da própria Portugal Telecom." Bava se encontra em um roadshow nos Estados Unidos para convencer os investidores de que a decisão do conselho de administração da PT, de recusar a oferta da Telefónica, foi acertada.

Segundo a revista:

"Se, como é esperado, a Telefónica aumentar sua proposta pela Vivo nas próximas semanas, a Portugal Telecom pode se ver obrigada a deixar seus acionistas decidir. A própria Telefónica possui 10% das ações Portugal Telecom, mas pode ser impedida de votar sobre o assunto. Um núcleo duro formado por principalmente aliados portugueses controla cerca de 30% das ações, e  investidores estrangeiros detêm o restante. Já que a oferta da Telefónica é tão alta em relação ao valor da Portugal Telecom, analistas acreditam que os espanhóis poderão até mesmo fazer uma oferta por toda a empresa, caso sua proposta pela Vivo não dê em nada."

Nesse caso, os portugueses teriam como alternativa recorrer à ajuda do bilionário mexicano Carlos Slim, dono da Claro, de acordo com a revista. Em 2006-2007, Slim chegou a comprar 5% da PT para ajudar a empresa a se defender de uma proposta hostil da Sonaecom e da Telefónica.

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