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Trens e computadores

Por Renato Cruz
Atualização:

Reginaldo de Alencar Silva (foto), de 50 anos, trabalha como maquinista da Ferrovia Centro-Atlântica, que pertence à Companhia Vale do Rio Doce. Ele participa de um programa de inclusão digital em que, além de aprender a usar o computador, estuda o Regulamento de Operação Ferroviária (ROF), com regras sobre como operar os trens com segurança.

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"Antes do curso, eu não tinha costume de usar o micro", conta Silva, que começou a estudar em novembro, em Belo Horizonte. Com o curso, que vem em CD-ROMs, resolveu até comprar um computador. "Quero estudar outras coisas pela internet." A primeira etapa do projeto, uma parceria da Vale com o Instituto Crescer, atende a cerca de 500 maquinistas em Açailândia (MA), Ipatinga (MG), Belo Horizonte e Vitória, no Porto de Tubarão.

"Apesar de os trens terem muita tecnologia, os maquinistas não eram incluídos digitalmente", diz Ana Cláudia Freire, responsável pelo Centro de Inovação em Educação da Valer, universidade corporativa da Vale. "Um profissional mais capacitado pode atuar de forma mais segura. É um conhecimento que ele pode usar a serviço da Vale e na sua própria vida." Depois do projeto do ROF, os maquinistas terão condições de acompanhar os cursos online oferecidos pela Valer.

O Instituto Crescer desenvolveu quatro CD-ROMs, que podem rodar até em computadores desatualizados. Não precisam de som, por exemplo. "O projeto tem uma logística complexa", explica Luciana Allan, diretora técnica do instituto. "É difícil reunir os profissionais em um só local. Eles trabalham em lugares distantes, que muitas vezes não têm acesso à internet."

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