Otaku é uma palavra japonesa usada para designar um fã obsessivo. Pode ser de quadrinhos, desenhos animados, microcomputadores ou algum cantor ou cantora. No Ocidente, passou a ser empregada para chamar os aficionados por anime e mangá. Existe até uma revista em inglês chamada Otaku Magazine. Para muitos japoneses, a palavra tem conotação negativa. Aqui no Brasil, os fãs de mangá e anime também não gostam da palavra.
"Por muito tempo o termo foi considerado pejorativo, mas hoje em dia nem aqui nem no Japão os fãs de anime se importam em serem classificados de otaku", afirma Fernando Mucioli, produtor da PlayTV e leitor de mangás. "Eu pessoalmente não gosto da palavra, talvez por ter fixado muito na minha mente a conotação original da palavra em japonês. Ainda me soa como pessoas que não têm vida fora de casa, o que nem sempre é o caso."
A estilista Léa Dias, que também gosta de quadrinhos e animação japoneses, considera ofensiva a palavra otaku: "Ela lembra um nerdinho com óculos de fundo de garrafa e cheiro de salgadinho. Não tem nada a ver. Eu gosto de anime e mangá, mas tenho vida social."
Mais informações no Estado de hoje, 4/3 ("Ser ou não ser otaku", para assinantes, p. H9).