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Wilson, do Daniel Clowes

Por Renato Cruz
Atualização:

Wilson, da editora canadense Drawn and Quarterly, é uma história em quadrinhos sobre tornar-se velho. O protagonista é um perdedor, solitário, medíocre, misantropo, que alterna pensamentos megalomaníacos e a constatação de que não conseguiu nada na vida. O livro é dividido em episódios de uma página, que retratam a morte do pai (e a do cachorr0), a transitoriedade dos relacionamentos, a descoberta tardia da paternidade e até a vida na prisão.

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A história m0stra de um jeito engraçado como tudo acaba e tudo se perde. Wilson não desiste, apesar de todas as surras que toma da realidade. Em uma caminhada pela rua, constata que seu mundo está chegando ao fim. Ao observar que todas as livrarias estão fechando e os jornais falindo, ele diz:

"Quando você imagina o futuro, sempre acha que haverá mais coisas, mas realmente só existem coisas diferentes, e nunca são as coisas que você esperava. Não somente não deixarei nenhum traço da minha existência para trás, mas não sobrará nada de toda a minha geração daqui 50 anos. Só alguma merda estúpida em um museu, talvez."

O autor, Daniel Clowes, mestre dos quadrinhos independentes americanos, surgiu na década de 1990 com a revista Eightball. Teve um livro publicado no Brasil, pela Editora Conrad, chamado Como uma luva moldada em ferro. Duas de suas histórias viraram filmes dirigidos por Terry Zwigoff: Mundo cão (Ghost world), que é ótimo, com uma Scarlett Johansson adolescente, e Uma escola de arte muito louca (Art school confidential), que não é tão bom.

Aproveito o post para avisar que este blog tira férias por alguns dias e volta em 13 de julho.

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