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Seu bolso na era digital

Por dentro das inovações em serviços financeiros

Google de olho nas transações financeiras

02/10/2017 | 09h09

  •      

 Por Guilherme Horn

O Google lançou na semana passada, na Índia, uma carteira virtual (wallet), que promete sacudir o mercado. O serviço chama-se TEZ e é totalmente gratuito. Através dela, o usuário pode fazer pagamentos em estabelecimentos comerciais ou enviar dinheiro para outras pessoas, tudo de forma muito simples e sem pagar nenhuma taxa.
Sempre que fazemos um pagamento, por exemplo usando um cartão de crédito, há uma série de taxas embutidas. As taxas remuneram o banco emissor do cartão, o adquirente ou subadquirente e a bandeira do cartão. No caso do cartão de débito, não é muito diferente. O serviço que o Google acaba de lançar, no entanto, vincula o celular do usuário diretamente à sua conta corrente, tirando todos os intermediários do processo. Com isso, os comerciantes passam a receber os valores sem o pagamento de taxas e este percentual, que pode chegar a 5% do valor da compra, pode ser revertido em desconto para os clientes.
Para evitar dificuldades técnicas na implementação, em função dos diferentes tipos de celulares existentes no mercado indiano, o Google resolveu usar a tecnologia AQR (Audio QR Code). O método é proprietário e a empresa já o utiliza com sucesso desde 2014, em aparelhos como o Chromecast. A vantagem é poder ser facilmente implementado em smartphones de baixo custo, como a maioria dentre os 300 milhões de aparelhos em operação na Índia.
A infraestrutura que viabilizou o TEZ foi a UPI (Unified Payment Interface), o padrão de comunicação entre bancos lançado pelo governo indiano, para facilitar as transações num mercado altamente pulverizado, com 55 grandes bancos e centenas de outros menores. Enquanto vários outros players lançam suas wallets no mercado indiano, com preços já competitivos para os padrões atuais, como o chinês AliBaba (Paytm) e o gigante do ecommerce indiano Flipkart, o Google chega inovando com um modelo gratuito. A esta altura o caro leitor está se perguntando: mas como o Google vai ganhar com isso? Pois, mais uma vez, o valor deste negócio está nos dados que ele vai gerar, permitindo que o Google conheça cada vez mais profundamente os hábitos dos usuários. Com isso, conseguirá fazer ofertas cada vez mais relevantes para estes usuários; e, assim, poderá ganhar dinheiro com os anunciantes. Mais uma amostra de como o Google continua imbatível em seu modelo comercial publicitário!

    Tags:

  • despesas
  • fintech
  • pagamentos
  • tez
  • transferencias
  • wallet

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Sobre o Blog

Guilherme Horn, PhD, é um dos maiores especialistas do Brasil em serviços financeiros digitais, segmento conhecido como Fintech. Com experiência de mais de 20 anos no segmento, ele foi um dos fundadores da corretora de valores digital Ágora, vendida em 2008 para o Bradesco, e CEO e fundador da Órama, eleita pela Amazon a fintech mais inovadora do mundo em 2012. Atualmente, é Diretor de Estratégia Digital e Inovação do Banco Votorantim, Conselheiro da ABFintechs e da Anjos do Brasil, e mentor da Endeavor. Horn é também Editor do blog Finnovation e colunista da ÉPOCA Negócios. Neste blog, Guilherme vai contar os bastidores das inovações das fintechs no Brasil e no mundo.

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