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Por dentro das inovações em serviços financeiros

Libra: acertos e dúvidas quanto à moeda do Facebook

24/06/2019 | 09h00

  •      

 Por Guilherme Horn

O lançamento da criptomoeda do Facebook, a Libra, e da sua carteira digital, a Calibra, não foi surpresa para o mercado, que já esperava pela notícia. Mas o que os especialistas no assunto não esperavam era por uma estratégia tão bem desenhada, que praticamente blindou o Facebook de possíveis críticas e criou a expectativa de que a Libra possa se tornar o novo dólar. Vejamos os principais pontos desta estratégia:
1- Associação: a empresa que vai administrar a moeda é uma Associação sem fins lucrativos. Isto reforça a mensagem do Facebook de que ele não quer gerar uma nova fonte de receita, mas apenas aumentar o engajamento em seus aplicativos, criando cada vez mais condições para que os usuários fiquem mais tempo conectados;
2- Membros: os membros desta associação foram cuidadosamente selecionados, da mesma forma que um shopping center, antes de lançar um novo empreendimento, busca preenchê-lo com um mix ideal de lojas, dentre os diferentes tipos de negócios. No consórcio da Libra, estão presentes:
a) players tradicionais de Pagamentos, como Visa e Mastercard; e novos  participantes deste segmento, como  Paypal e Stripe;
b) ícones do ecommerce, como eBay, Farftech e Mercado Livre;
c) aplicativos usados com muita frequência, como Uber, Lyft e Spotify;
d) infra de telecom: Vodafone;
e) empresas sem fins lucrativos, como a Kiva;
f) conhecedores de Blockchain/Crypto: Coinbase e Xapo;
g) investidores de peso no mundo de Venture Capital: Andreessen Horowitz e Ribbit Capital.
Este grupo confere CREDIBILIDADE ao projeto, agrega CONHECIMENTO para o seu desenvolvimento e traz USUÁRIOS engajados em suas plataformas.
3-  Lastro: a Libra será lastreada numa cesta de moedas tradicionais, o que reforça a sua estabilidade, evita uma as maiores críticas ao bitcoin e todas as outras criptomoedas que não são stablecoins (criptomoedas com lastro em moedas tradicionais) e ajuda na interlocução com os Bancos Centrais, que precisarão regulamentar o seu uso.
Esta estratégia surpreendeu o mercado e muitos artigos já citaram a Libra como um divisor de águas na história da indústria financeira global. O que ainda poucos arriscam dizer é como será a reação dos grupos abaixo:
a) players digitais: Google, Amazon, Apple;
b) chineses: AliPay e WeChat;
c) grandes bancos;
d) Bancos Centrais e demais reguladores.
Os próximos capítulos desta novela certamente prometem muita emoção!

    Tags:

  • criptomoeda
  • facebook
  • fintech
  • libra

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Sobre o Blog

Guilherme Horn, PhD, é um dos maiores especialistas do Brasil em serviços financeiros digitais, segmento conhecido como Fintech. Com experiência de mais de 20 anos no segmento, ele foi um dos fundadores da corretora de valores digital Ágora, vendida em 2008 para o Bradesco, e CEO e fundador da Órama, eleita pela Amazon a fintech mais inovadora do mundo em 2012. Atualmente, é Diretor de Estratégia Digital e Inovação do Banco Votorantim, Conselheiro da ABFintechs e da Anjos do Brasil, e mentor da Endeavor. Horn é também Editor do blog Finnovation e colunista da ÉPOCA Negócios. Neste blog, Guilherme vai contar os bastidores das inovações das fintechs no Brasil e no mundo.

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