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Por dentro das inovações em serviços financeiros

O contra-ataque do gigante

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Por Guilherme Horn
Atualização:
 

Na semana que passou, aconteceu em Nova York o Future of Fintech, realizado pela CB Insights. Trata-se de um dos eventos mais ricos em conteúdo no mundo, para o segmento de Fintech.

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O formato do evento é muito interessante: empreendedores, executivos de grandes bancos e membros do governo são entrevistados no palco por jornalistas de destaque na imprensa global, em sessões de vinte minutos. O tempo é suficiente para manter a atenção do público, que, mais uma vez, lotou os auditórios do Jazz Lincoln Center.

Num dos painéis, que destaco abaixo, o entrevistado fez as seguintes afirmações:

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- "Os consumidores não acreditam que as Instituições Financeiras estão do seu lado".

- "Os pequenos investidores se sentem desrespeitados pelas Instituições Financeiras".

- "O mercado de cartões de crédito está cheio de práticas ruins para o consumidor. É como se um fabricante de carros estimulasse os motoristas a dirigirem a 200 km/h, só porque o carro chega a esta velocidade! É isto que os bancos fazem quando encorajam seus clientes a usar todo o crédito concedido, independente da sua capacidade de pagamento. Isto só é bom para o Banco, não é bom para o cliente."

As afirmações podem não surpreender, pois provavelmente o caro leitor é um consumidor de serviços financeiros e já viveu isto na pele. O que vai provavelmente surpreender é quem foi o autor de todas estas frases: Harit Talwar, o chefe do Marcus, a plataforma digital do Goldman Sachs, um dos bancos mais conhecidos por suas práticas agressivas no mercado, nem sempre favoráveis aos seus clientes.

Isto mostra como o discurso dos grandes bancos tem mudado e como eles têm se posicionado diante da Revolução Fintech. Os incumbentes do mercado norte-americano, notadamente JP Morgan, Citibank, Goldman Sachs, Wells Fargo e Bank of America estão abraçando a transformação digital a acelerando suas iniciativas, para que possam brigar de igual para igual com as FAMGA (Facebook, Apple, Microsoft, Google e Amazon), com os gigantes chineses e com as fintechs.

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