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Por dentro das inovações em serviços financeiros

O fim de banco de relacionamento

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Por Guilherme Horn
Atualização:
 

O mundo digital chegou para praticamente todas as sociedades e isto impõe novos desafios ao sistema bancário. Neste novo ambiente, fazemos download do livro que desejamos ler e iniciamos a leitura imediatamente. Para ouvir música, basta nos cadastrarmos em segundos num aplicativo e começamos a curtir nossos artistas preferidos instantaneamente. A qualquer momento, se não desejamos mais aquele serviço, basta cancelar e não precisamos mais pagar. Se paramos de usar, paramos de pagar. Tão simples assim. E se quisermos voltar a usar, é simples, é só reativar. No mundo digital é assim.

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No sistema financeiro tradicional, incluindo aqui bancos e seguradoras, os contratos são de longo prazo. Os seguros, por exemplo, são no mínimo anuais. Se for uma previdência, é algo para a vida toda. Ocorre que os comprometimentos para a vida toda já são coisa do passado. Na era digital, o longo prazo pode ser alguns dias, mas não mais do que isso. Até a relação de emprego mudou. Um funcionário que passou 10 anos numa empresa não é necessariamente visto com bons olhos numa entrevista de emprego, afinal de contas, passou 10 anos numa mesmo empresa!

No mundo de hoje, tudo é imediato, simples e sob demanda. Assim se vê televisão, se lê jornal e revista, se ouve música. E com serviços financeiros, não será muito diferente. O banco de relacionamento, que se usava por toda a vida, onde se contratava vários produtos, todos eles controlados por um gerente, isto é algo do passado, de uma realidade que não existe mais. Agora, nos seus diversos momentos de vida, na formatura na faculdade, no casamento, no nascimento do primeiro filho, na mudança de emprego, na compra da casa própria, seja lá qual for o seu momento, o usuário encontra provedores de serviços mais ágeis, que lhe proporcionam as três características chave da nova sociedade digital: conveniência, relevância e simplicidade. Os bancos têm este desafio pela frente. Precisarão se reinventar para não deixar que milhares de fintechs atendam separadamente os usuários em cada um destes momentos de sua vida.

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