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Por dentro das inovações em serviços financeiros

Retrospectiva Fintech 2016

Por Guilherme Horn
Atualização:
 

O último post do ano não poderia deixar de fazer uma retrospectiva dos acontecimentos que marcaram o ano de 2016 para o segmento Fintech, globalmente. Seguem então os fatos que marcaram o ano:

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 . A China despontou como uma das grandes forças do mundo fintech, seja por suas startups gigantescas, como a ANT Financial, do grupo Alibaba, que captou investimentos da ordem de U$4,5 bilhões, seja pela intensa atividade dos fundos de Venture Capital, que passaram a acreditar mais no país no ano de 2016. Startups de empréstimos P2P, como Lufax e Frenqile, são dois exemplos de sucesso na captação de recursos.    . Insurtech demonstrou ser uma das áreas que oferece as maiores oportunidades em Fintech. O setor de seguros está muito aquém de outros no que se refere à experiência do usuário; e novas tecnologias, como Blockchain, poderão trazer novos modelos de negócios ao segmento. Oscar, Lemonade e CloverHealth são exemplos de startups que estão inovando e chamando a atenção dos especialistas.   . Na Europa, a Alemanha tem ganhado cada vez mais relevância e já ameaça disputar a liderança da inovação em Fintech com o Reino Unido. Exemplos desta nova geração de startups são: Fidor e N26, dois dos mais modernos bancos digitais.   . A admissão de práticas de má gestão na Lending Club acendeu uma luz amarela sobre a vulnerabilidade dos controles nas startups, mostrando que elas também podem repetir os erros de grandes empresas. O caso tem sido conduzido de forma a evitar maiores danos aos investidores e retomar a credibilidade da empresa.   . O Blockchain ganhou força como tecnologia disruptiva, com diversas provas de conceito em andamento. O consórcio R3 começou o ano ganhando adesões de grandes bancos e terminou 2016 com a saída de quatro grandes: Santander, Goldman Sachs, Morgan Stanley e National Bank Australia.   . Os governos passaram a ver as Fintechs como uma alternativa relevante para reparar danos deixados pela crise de 2008. Pelo lado do consumidor, a crise reduziu o acesso ao sistema financeiro e diminuiu a confiança nas tradicionais instituições financeiras. Pelo lado dos bancos, houve redução nas margens e mais volatilidade nas operações. Assim, reguladores começaram a incentivar as fintechs. Quem saiu na frente foi o Reino Unido, com a criação do Innovation Hub. Meses depois, veio o sandbox das fintechs, um ambiente livre de regulamentação onde as startups podem captar clientes e prover seus serviços enquanto os reguladores acompanham de perto, avaliando os riscos e benefícios. Outra iniciativa foi o Innovation Financial Savings Account (IFISA), uma conta para investimentos em plataformas P2P, com incentivos fiscais. E, por último, a publicação de um documento, em que os bancos têm até 18 meses para publicarem cerca de 15 APIs, entre elas a que fornece os dados cadastrais de seus clientes a qualquer fintech que tenha obtido esta autorização pelo usuário. Na prática, o regulador britânico determinou que a propriedade dos dados é do cliente e não mais dos bancos. Os reguladores da Australia e Singapura foram os primeiros a seguir o caminho trilhado pelo Reino Unido e outros estão avaliando atentamente os resultados.

No Brasil, vimos algumas aquisições, a consolidação do crescimento das duas maiores fintechs do país, Nubank e Guia Bolso, o surgimento de muitas outras (que somam atualmente 219 em atividade), o início da regulamentação do equity crowdfunding e a criação da Associação Brasileira de Fintechs, além de de outras associações específicas de alguns nichos (Crédito, por exemplo). Se no ambiente macro o ano de 2017 não é dos mais animadores, para as Fintechs promete muita agitação!

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