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Por dentro das inovações em serviços financeiros

Robin Hood dá um novo passo em sua jornada de conquistas

15/10/2018 | 09h00

  •      

 Por Guilherme Horn

Vladimir Tenev e Baiju Bhatt trabalharam juntos, no início dos anos 2000, construindo sistemas de trading de alta frequência para bancos e corretoras norte-americanos. Ficavam inconformados em ver que os clientes que operavam em alta frequência (enviam centenas de ordens de compra e venda a cada segundo) não pagavam quase nada por cada operação, ao passo que os clientes de varejo, que operam poucas ordens por mês, pagavam taxas que às vezes podiam comer todo o ganho da operação.
Por outro lado, viam a evolução da tecnologia em várias outras áreas. Os servidores de emails, por exemplo, passaram de serviços relativamente caros para gratuitos em pouco mais de uma década. E então se perguntavam por que os investidores do varejo não poderiam ter acesso a uma plataforma gratuita para comprar e vender ações.
Foi com esta ideia fixa na cabeça que eles deixaram seus empregos e colocaram no ar em abril de 2013 a Robin Hood, a primeira corretora de valores gratuita do mundo.
Três anos depois de lançada, em 2016, a Robin Hood bateu a marca de 1 milhão de clientes. Menos de dois anos depois, no início de 2018, já eram mais 3 milhões. E, na semana passada, a plataforma anunciou que atingiu o impressionante número de 6 milhões de clientes, sendo já a corretora que atingiu a maior taxa de crescimento da base de clientes que se tem conhecimento na história, em termos globais.
A outra notícia, divulgada na semana passada, é que a empresa está lançando a sua própria Clearing (uma câmara de Custódia e Liquidação). Nos EUA, há diversas Clearing Houses, diferentemente do Brasil, que tem apenas uma, a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), pertencente à B3. Lá nos EUA, as cinco principais Clearings atendem a cerca de 1.300 corretoras. E as grandes plataformas, como Fidelity e Vanguard, têm as suas próprias clearing houses.
Ter a sua própria clearing vai permitir à Robin Hood baixar ainda mais os custos para seus clientes, já que antes ela usava uma clearing externa, que cobrava as suas taxas, e estas tinham que ser repassadas aos seus clientes. Este movimento vai aumentar ainda mais a competitividade da Robin Hood no mercado, num momento em que os incumbente começam a reagir. O JP Morgan Chase acaba de lançar a plataforma You Invest e está dando 225 dólares para cada cliente que depositar 15 mil dólares na plataforma. O cliente também terá 100 operações gratuitas por ano e as demais custarão U$2,90, uma taxa bem baixa.
Segundo rumores do mercado, o próximo passo da Robin Hood será tornar-se um banco, para poder oferecer uma gama maior de produtos para seus clientes. Pela curva de crescimento da sua base, em muito breve eles baterão 10 milhões de clientes, o que já os colocará no mesmo patamar das principais plataformas do mercado, como a TD Ameritrade. Na última rodada de investimento, a Robin Hood captou cerca de 540 milhões de dólares a um valuation de $5,6 bilhões. Também se comenta no mercado que eles estariam se preparando para um IPO. Uma história de muito sucesso em tão pouco tempo (5 anos) e que promete capítulos ainda mais promissores pela frente.

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Sobre o Blog

Guilherme Horn, PhD, é um dos maiores especialistas do Brasil em serviços financeiros digitais, segmento conhecido como Fintech. Com experiência de mais de 20 anos no segmento, ele foi um dos fundadores da corretora de valores digital Ágora, vendida em 2008 para o Bradesco, e CEO e fundador da Órama, eleita pela Amazon a fintech mais inovadora do mundo em 2012. Atualmente, é Diretor de Estratégia Digital e Inovação do Banco Votorantim, Conselheiro da ABFintechs e da Anjos do Brasil, e mentor da Endeavor. Horn é também Editor do blog Finnovation e colunista da ÉPOCA Negócios. Neste blog, Guilherme vai contar os bastidores das inovações das fintechs no Brasil e no mundo.

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