Em Hong Kong, dentro de 20 anos, cerca de um terço da população terá mais de 65 anos. Este é um dado que preocupa o governo local e a sociedade em geral; e diversas ações têm sido tomadas para facilitar a vida destas pessoas, tanto no âmbito público como no privado.
O HSBC é uma das empresas que se engajou neste processo e uma de suas iniciativas foi a criação de uma conta corrente para pessoas com alguma deficiência mental.
Uma das dificuldades pelas quais estas pessoas passam é a administração de sua vida financeira. Em muitas situações, esta, que era uma atividade corriqueira, com a chegada da terceira idade, começa a se tornar mais difícil. Lembrar senhas, controlar despesas, escolher entre tantas opções de produtos financeiros, manusear os aplicativos e lidar com toda a digitalização do dia-a-dia não é tarefa fácil.
Por isso, o banco criou uma conta onde um parente ou tutor é nomeado para aprovar as operações solicitadas. E isto é feito de forma customizada, na medida da necessidade de cada cliente e de seu estágio da doença. Há casos em que operações básicas, como sacar valores abaixo de um determinado limite ou efetuar pagamentos de contas mensais, ficam livres da necessidade de aprovação pela pessoa nomeada. E há casos onde toda e qualquer operação precisa ser aprovada, então o aprovador recebe uma notificação no celular para autorizar a realização da transação em tempo real. O sistema oferece ainda flexibilidade para que estes níveis de aprovação sejam alterados rapidamente, já que muitas vezes a evolução da doença mental e/ou perda de memória é rápida.
A intenção do banco é testar este produto em Hong Kong e, conforme o resultado, expandi-lo para outras regiões geográficas. Uma demonstração de como o foco em ajudar o consumidor se traduz numa oportunidade de mercado.