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Inovação e tecnologia no mundo das startups

Brasileiros criam aplicativo que envia uma palavra só: hey!

App hey! é clone do americano Yo, que recebeu investimento de US$ 1,2 milhão

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Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

 

Quando parecia que o Vale do Silício e o mercado de tecnologia já tinham visto de tudo, surgiu um novo aplicativo para roubar a cena. Em abril, estreou na Google Play e na Apple App Store o "Yo", app que tem como único recurso enviar um "yo" (gíria que significa "oi", em inglês) para outra pessoa.Parece maluquice? Pois no início do mês passado um grupo de investidores-anjo aportou US$ 1,2 milhão no aplicativo.  Uma das apostas é que o sistema possa ser útil para empresas e marcas entrarem em contato com seu público enviando um simples "Yo".

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Como toda empresa bem-sucedida nos EUA, o "Yo" já ganhou clones. Um deles no Brasil. Três empreendedores brasileiros acabam de lançar o "hey!", aplicativo para os sistemas Android e iOS que tem como objetivo... enviar para outra pessoa a palavra "hey!".

"O 'hey!' surgiu como uma oportunidade de aproveitar o sucesso repentino da plataforma 'Yo'. Apesar do público ter sido parcial na recepção, nós percebemos que podíamos aproveitar o conceito da plataforma e criar um produto melhor", diz Vinicius Figueredo Néris, cofundador do app.

Néris criou o "hey!"com Pedro Góes e Maurício Giordano, que já trabalham com ele no desenvolvimento de outra startup, a InEvent, plataforma para organizadores de eventos se comunicarem com o público criada na USP, em São Carlos, onde o trio está terminando a graduação. A startup está atualmente sendo acelerada no programa Lisbon Challenge em Portugal.

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O trio defende o aplicativo dizendo que o envio de uma única palavra não é algo inútil, como alegam os críticos do americano "Yo".O "hey!" pode ajudar, segundo eles, pais que precisam notificar os seus filhos sobre algo sem precisar usar o Whatsapp ou Facebook Messenger, e para comunicação entre parceiros de relacionamento e até colegas de trabalho.

"Quando você precisa comunicar que está chegando em casa, ou saindo do trabalho, você acaba utilizando do recurso conhecido como "chamada perdida". Em vez de mandar um SMS ou usar um chat online (depende da internet), usa-se uma 'chamada perdida' (gratuita) para informar algo rapidamente. Nós pretendemos ser um substituto gratuito das 'chamadas perdidas', abrangendo tanto pessoas com internet e pessoas sem acesso à internet", diz Néris, que explica que o próximo passo será desenvolver uma forma de o "hey!" simular essa chamada perdida para pessoas que não tem acesso à internet no celular.

A defesa do modelo vai longe. "Percebemos isso quando analisamos o caso de Bangladesh: um país com baixa distribuição de redes 3g ou 2g, mas com grande dissiminação da tecnologia (no caso, smartphones). Além disso, vimos que lá, cerca de 75% das ligações entre celulares são as famosas "chamadas perdidas". Aumentando a acessibilidade da nossa plataforma, conseguimos consolidar um produto de muita utilidade em vários locais do mundo", diz Néris.

O plano do trio é alcançar pelo menos 100 mil usuários até o fim do ano.

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