Foto do(a) blog

Inovação e tecnologia no mundo das startups

Start-Up Brasil divulga novo edital para startups com mudanças

PUBLICIDADE

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

OMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil)  anunciaram nesta terça-feira, 27, o lançamento de um novo edital para startups brasileiras e estrangeiras se candidatarem ao programa Start-Up Brasil, que tem o objetivo de acelerar o desenvolvimento de novas empresas de tecnologia no Brasil (startups).

PUBLICIDADE

:::Siga o Start no Twitter: @StartEstadao:::

No novo edital, que servirá de base para próximas duas seleções do programa, pouca coisa mudou. As principais alterações foram para enfatizar pontos que já existiam no edital anterior, mas não ficaram claros e geraram polêmicas entre startups participantes.

Um exemplo é a descrição detalhada de todas as fases e prazos para seleção dos projetos. Uma das queixas mais frequentes entre as startups sobre o último edital era a falta de acordo entre empresas e aceleradoras, o que colaborou, ao lado de outros fatores, para que mais de 20% das empresas selecionadas ficassem de fora do programa.

Não era claro para a maioria das startups participantes que elas poderiam ficar de fora do programa se não houvesse acordo com alguma aceleradora após a aprovação no Start-Up Brasil, embora o edital anterior já destacasse a necessidade de acordo entre as partes. Muitas acreditavam que ao entrar no programa a startup automaticamente seria aprovada por alguma aceleradora, ainda que não as de sua preferência.

Publicidade

O novo edital enfatiza que após a seleção, as aceleradoras terão 60 dias para firmar ou não contrato com as startups que foram aprovadas pela banca do Start-Up Brasil. Segundo dados oficiais do MCTI, nas duas chamadas anteriores foram aprovadas 118 startups, das quais 88 fecharam contrato com as aceleradoras -- uma taxa de quebra de 25%.

Outro ponto polêmico contemplado pelo edital é que, ao contrário do ocorrido nas etapas de seleção anteriores, startups que já fazem parte de algumas das aceleradoras participantes do programa do governo não poderão concorrer.

O governo também ampliou a idade das empresa que podem se candidatar a uma vaga no programa de três para quatro anos e destaca que negócios na área de hardware também podem concorrer, incentivando startups da área que já podiam participar em etapas anteriores, mas agora encontram no programa aceleradoras interessadas especificamente nesse tipo de solução (a Baita, de Campinas, e a Acelera Cimatec, da Bahia) .

O edital anterior falava apenas em empresas de software e serviços de TI, enquanto o atual acrescenta a palavra hardware."Entendemos que existe uma grande oportunidade no setor de dispositivos, pensando em internet das coisas, sensores... isso nos estimulou a incentivar o hardware. O Vale do Silício começou a fazer isso há dois anos", afirmou o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida.

O novo edital ainda traz em anexo um passo a passo de como preencher cada ponto da proposta a ser enviada ao CNPq pelos candidatos a participar do programa. O preenchimento incorreto do formulário de inscrição era um grande gerador de dúvidas entre as startups e atrapalhou muitas empresas em etapas anteriores do processo seletivo.

Publicidade

Cada startup poderá indicar no processo até seis aceleradoras do seu interesse. E brasileiros que residem há pelo menos três anos no exterior poderão inscrever suas startups no programa como empresa internacional -- até 25% das vagas do Start-Up Brasil são reservadas para empresas de fora do País.

PUBLICIDADE

Um balanço apresentado pelo MCTI indica que 73% das 88 empresas que entraram no programa nas duas rodadas anteriores de seleção já possuem produtos funcionais e 53% já estão faturando. Essas startups captaram R$ 1,3 milhão em investimento externo até agora e ganharam nove prêmios nacionais e internacionais.

Quer participar?

O Start-Up Brasil prevê desenvolver e fomentar 300 startups até 2015 com até R$ 200 mil em bolsas CNPq para cada uma durante um ano para pagamento de salários. Além disso, as startups devem se associar a uma das aceleradoras parceiras do programa, que também investem nas startups e dão suporte para desenvolvimento do negócio em troca de participação societária.

As empresas interessadas em participar da seleção poderão se inscrever para a próxima etapa do programa a partir de quarta-feira, 28, até o dia 14 de julho no site do Start-Up Brasil. As 50 empresas escolhidas serão anunciadas no dia 01 de setembro.No dia 15 de setembro uma nova rodada de inscrições será aberta seguindo o mesmo edital e com duração até 24 de outubro. As startups escolhidas na segunda rodada serão anunciadas no dia 17 de novembro.

Publicidade

Veja a lista de aceleradoras parceiras do programa Start-Up Brasil. 

Confira o edital para startups nacionais e o edital para startups internacionais.

Dúvidas? Comente!

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.