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Inovação e tecnologia no mundo das startups

Um passeio pela área de startups da Campus Party 2014

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

Um clima diferente toma conta do espaço Open Campus, área aberta e de acesso gratuito da Campus Party. Ao ultrapassar as catracas de entrada, o visitante se depara com um infinito de pequenas divisórias. Ao lado de cada uma há uma mesa, algumas cadeiras e um ou dois computadores. É ali que estão instaladas as 234 startups selecionadas para expor seus negócios durante seis dias do evento, no espaço batizado de Startup & Makers Camp.

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Quem esteve nas edições anteriores da Campus Party sabe que a entrada do evento sempre foi recheada de grandes estandes de empresas de todo o tipo, promovendo de disputas de games à venda de algum serviço. Essas empresas ficaram em segundo plano, em uma área mais ao fundo. É das startups o protagonismo dessa vez.

Embora a Campus Party tenha tido abertura oficial ontem, o clima no espaço Startup & Makers era de expectativa, já que o espaço só começou a funcionar hoje. A maioria das startups já estavam instaladas no local, com panfletos de divulgação e computadores nas mãos tentando entender ao certo o que poderiam aproveitar ali.

 Foto: Estadão

Fui conversar com alguns empreendedores para saber suas impressões.O primeiro foi Erisson Batista (acima), cofundador da startup Place2me, um aplicativo ainda em fase de desenvolvimento que pretende indicar lugares para um usuário ir de acordo com seu perfil e localização. Batista tinha acabado de chegar ao evento com outros dois membros da sua equipe, vindos diretamente do Recife. O trio também garantiu ingressos como campuseiros e vão acampar no Anhembi durante o evento. "Estamos procurando investidores e queremos fazer networking", disse.

 Foto: Estadão

Já Luiz Sanches (acima), CTO da Saldo Coletivo, startup de Belém que foi escolhida para fazer parte do programa Start-Up Brasil, disse que em pouco tempo a Campus Party já estava rendendo. "Um investidor sentou aqui para conversar com a gente e já deu algumas ideias para modificarmos nosso plano de negócios", contou. O objetivo dos sócios da startup é justamente validar o modelo da empresa (uma plataforma para automatizar a renegociação de dívidas), que sofreu uma "reviravolta", nas palavras de Sanches, durante a primeira semana de aceleração na 21212, aceleradora carioca que vai apoiar o projeto da Saldo Coletivo no Start-Up Brasil.

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Alan Leite, CEO da Startup Farm, disse que nove empresas da aceleradora estão participando da Campus Party com objetivos diferentes. A meta em comum é marcar presença em um dos principais eventos de tecnologia do ano, que tem 8 mil participantes.

Ao lado das startups há ainda um palco com diversos debates sobre empreendedorismo e gestão de negócios. O Sebrae também tem um espaço no local e realizará uma segunda edição da Maratona de Negócios,na qual oferece apoio para o desenvolvimento de ideias de negócios e, ao final do evento, escolhe as melhores para serem apresentadas a potenciais investidores.

Para quem pensa em criar uma startup ou já tem uma, é uma boa ideia circular pela área aberta da Campus Party para conversar com outros empreendedores e assistir alguns dos painéis (veja a agenda completa aqui).Durante o tempo em que estive no evento hoje à tarde, vi representantes de fundos de investimento, aceleradoras e incubadoras circulando no local, um bom sinal da expectativa do mercado de startups em relação ao novo foco adotado pela Campus Party.

Só senti falta de uma coisa: empreendedoras. A maioria das startups na Campus Party, assim como em outros eventos de tecnologia, é liderada por homens. Mas isso é papo para um outro post.

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