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Arlequim online

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:
 Foto: Estadão

A revista Arlequim, marco fugaz do modernismo da década de 20, está na Brasiliana. A biblioteca online da USP digitalizou 25 fascículos da revista lançada em 1927 por Sud Mennucci, Maurício Goulart e Americo R. Netto.

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A revista semanal começou a circular em 10 de novembro de 1927. Durou apenas um ano - o suficiente para que se firmasse como uma das publicações mais modernas da época, e a que melhor retratava a cidade de São Paulo daqueles dias.

"Na meia tinta da sua garoa, forjam-se energias que dão para alimentar toda a fome do território. Á sua penumbra de cidade ingleza, o pensamento novo do paiz exige as columnas vertebraes do grande organismo de amanhã. Sob a toada das suas fábricas, alargam-se os horisontes da prosperidade nacional (...). A Paulicea é uma rapariga privilegiada e modesta. É uma rainha sem apparatos. (...)"

Trecho da edição 5 da revista, publicada em 8 de dezembro de 1927

As capas da revista eram sempre ilustradas com uma variação do losango característico das roupas dos arlequins. Aos poucos, a revista tornou-se uma publicação feminina. Não era direcionada apenas às mulheres, mas conquistou o público dando espaço cada vez maior à escritoras e poetisas em suas páginas.

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"A leitura da revista oferece ao leitor olhares instigantes acerca de São Paulo e das mulheres naqueles anos, tudo temperado pelas discussões que a Semana de Arte Moderna despertara alguns anos antes e que naquele momento ainda fervilhava", escreveu Rosangela de Jesus Silva, doutora em História da Arte pela Unicamp, sobre a publicação.

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