O site Cuevana.tv funciona como uma ponte. Ele permite aos usuários assistirem, por streaming, vídeos armazenados em serviços de hospedagem como Megaupload. O conteúdo se torna acessível sem a necessidade de download.
O serviço fez sucesso. Foi criado por três amigos argentinos há dois anos, por passatempo. Segundo o Partido Pirata da Argentina, o Cuevana teve mais de 13 milhões de visitas diárias e se tornou muito popular nos países de língua espanhola.
Só que ele pode estar com os dias contados. A HBO denunciou o serviço por pirataria.
A indústria deve mesmo ter se incomodado com o Cuevena. Ele oferece uma plataforma que funciona como uma rede social, com recomendações, em que os usuários podem trocar links para seriados e filmes. Legal, se o conteúdo não fosse pirateado.
A favor do Cuevana, porém, está a sua própria natureza: ele não armazena os arquivos piratas. Apenas os disponibiliza para serem exibidos em streaming. Só que isso não livrou, por exemplo, o The Pirate Bay de ser condenado - o site só distribui links para torrents, também não armazena os arquivos, mas mesmo assim seus fundadores foram condenados por pirataria. Caso semelhante é o do Grooveshark, ameaçado recentemente pela Universal, que também diz não ser responsável pelo conteúdo de streaming veiculado na sua plataforma.
Só que o Cuevana já ganhou a primeira briga por acusação de pirataria. O canal de televisão Telefé ameaçou entrar com um processo contra o serviço. A manifestação do público nas redes sociais - e as ameaças de boicote - fizeram a empresa voltar atrás. A ordem para suspender o processo veio de cima - da Telefónica, na Espanha, empresa que controla o canal.