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P2P e cultura digital livre

Ministro português defende pirataria. Mas volta atrás

Grupos de proteção dos direitos autorais classificaram a fala como gravíssima

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:
 Foto: Estadão

Foi o maior bafafá em Portugal.

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O ministro da Ciência e Tecnologia português, Mariano Gago, teria defendido a pirataria no Fórum de Governança na Internet, em Madri, na Espanha. "A indústria cultural não tem que ver a pirataria como um 'inimigo', pois tem sido uma fonte de progresso e globalização", disse ele, segundo o El País. O ministro falou que a música pop é o melhor exemplo: "hoje em dia, um grupo pode obter uma notoriedade impensável graças à rede e pode inclusive rentabilizar concertos ou até aumentar as suas vendas de discos graças à popularidade".

O ministro ainda disse que o governo português está estudando uma nova legislação para o setor porque acredita que "é uma questão de expandir as liberdades e não de restringi-las".

Bastou isso para que as entidades portuguesas de proteção aos direitos começassem a reação. A Associação de Gestão de Artistas classificou a fala como "gravíssima".

Com a repercussão, Gago desmentiu sua fala. O Ministério afirmou que houve uma 'interpretação incorreta' e que o ministro "condena, naturalmente, toda a pirataria que retira de produtores e autores a capacidade de prosseguir a sua capacidade de criação".

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Atualização (03/05): um site português divulgou um vídeo com a fala do ministro. Tire suas conclusões.

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